As palavras de Paulo quando fiz: «Se Cristo não ressuscitou, então a nossa pregação é vã e também é vã a vossa fé» (1 Cor 15, 14), colocam a Ressurreição no centro da identidade cristã, por dois motivos: constitui a confirmação de tudo quanto Cristo fez e ensinou, e é o cumprimento das promessas anunciadas já desde o Antigo Testamento.
Se, por um lado, a verdade da divindade de Jesus é confirmada pela ressurreição, por outro, mostra também o futuro da humanidade, a ressurreição abre o acesso a uma nova vida. Cristo ressuscitado é princípio e fonte da nossa ressurreição futura, como Paulo, mais uma vez, nos ensina: «Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram(…). Do mesmo modo que em Adão todos morreram, assim também em Cristo serão todos restituídos à vida» (1 Cor 15, 20-22).
Na expectativa de que isto se realize, Cristo Ressuscitado vive no coração dos seus fiéis. N’Ele, os cristãos «saboreiam as maravilhas do mundo vindouro» (Heb 6, 5) e a sua vida é atraída por Cristo para o seio da vida divina, «para que os vivos deixem de viver para si próprios, mas vivam para Aquele que morreu e ressuscitou por eles» (2 Cor 5, 15).