Só a partir da Pessoa e da palavra de Cristo é que a vida religiosa pode ser compreendida e ter algum sentido perceptível. Com o anúncio e a presença do Reino de Deus cria-se uma nova situação, irrompe uma novidade no mundo, que dá origem à compreensão de um novo estilo de vida, uma nova forma de habitar o mundo ao estilo de Cristo. A vida religiosa é a manifestação permanente e social da vitalidade intrínseca da Igreja, da sua força em Cristo e da consumação dos bens do Reino esperado.
É expectável que cada cristão adira a Deus, pela comunhão de fé, não sem o seu quê de dramático em algumas situações, o que torna perceptível que o que fundamenta a fé não é uma doutrina, mas uma Pessoa. Logo, o fundamento e a razão de ser da vida consagrada não são as instituições nem as missões, mas uma Pessoa: Jesus Cristo.
É a partir de Jesus Cristo que se pode tentar compreender a vida religiosa, tudo o mais é inútil. É por isso que os consagrados, na sua entrega total e definitiva a Deus, são sinal. Não porque vivam de maneira diferente, mas porque são diferentes porque vivem de Jesus, a partir d’Ele, num amor pobre, casto e obediente. Como a Igreja também o chamada a viver.