Um leitura do artigo de BARBERÀ, E. (2006) “Aportaciones de la tecnología a la e-Evaluación”. RED. Revista de Educación a Distancia, Año V. Número monográfico VI.
Aconselho uma leitura na íntegra, mas aqui está uma visão minha do referido texto.
Avaliação da prática educativa virtual
Pontos fortes:
– a flexibilidade de horário e de tempo (24x7x365);
– a informação que se dá a um aluno d ensino à distância sobre a totalidade da sequência didáctica que será realizada num tempo concreto e programado;
– o ciberespaço, como espaço de ensino e aprendizagem supõe o acesso a a uma grande quantidade de informação e comunicação;
Pontos débeis:
– uma certa inflexibilidade instrucional, na qual a docência acaba por se converter num conjunto de tarefa com datas de início e de fim, sem grnade relação interna entre si;
– o retorno qualitativo que se verifica dos trabalhos realizados na rede, porque o contributo dos professores e dos alunos, ainda que cheios de possibilidades de aprendizagem, acabam por ser um ponto débil;
– falta de critérios de avaliação e de comunicação de resultados;
– a interacção do aluno e do professor sobre os conteúdos é outros dos aspectos frágeis do ensino em contextos virtuais;
– uma certa sensação que o aluno tem de se sentir enganado, pois vai realizando tarefas e sendo avaliado, mas tem dificuldade em ter uma visão de conjunto da matéria e da sua progressão.
Influências da avaliação
A avaliação em si tem algumas influências positivas:
– de tipo motivacional, pois o simples facto de o aluno saber que vai ser avaliado coloca-o mais desperto para aprender e colaborar nas tarefas;
– um certa influência de consolidação, pois ao avaliar, se bem programada esta avaliação, ajuda o aluno a consolidar a matéria apreendida;
– influência de carácter antecipatório. Ao saber como vai ser avaliado no contexto de ensino e aprendizagem ajuda o aluno a ter directrizes claras de como actuar neste contexto.
Conceito multidimensional sobre a avaliação
No geral, a avaliação é reconhecida mas não conhecida.
Avaliação da aprendizagem
A avaliação que nos dá como resultado a conformidade de saber se os alunos são capazes, diante da sociedade de saber e de ser competentes num determinado âmbito.
Avaliação para a aprendizagem
Na avaliação para a aprendizagem a principal eixo motivador é a retroalimentação e o aproveitamento que os alunos e professores tiram dela.
Avaliação como aprendizagem
Esta avaliação contempla a própria aprendizagem da dinâmica avaliativa enquanto análise e reflexão das próprias práticas educativas levadas a cabo pelos alunos.
Avaliação a partir da aprendizagem
Os conhecimentos prévios e o sentido prévio com que o aluno acede à aprendizagens tornam-se elementos essenciais para a docência, podendo a partir de ali apoiar aquilo que se ensina aos alunos.
Contributos das TIC
Avaliação automática
O maior ganho desta prática tem a ver com a visualização imediata das respostas correctas, o que é muito importante para os alunos, mas também apra os professores porque a sua acção de retroalimentação apoia-se aqui.
Avaliação Enciclopédica
As vantagens desta vertente avaliativa tem diferentes aspectos, quer se trate de alunos ou professores. Para os alunos é notório que se trata de um notável ganho devido ao acesso rápido e relativamente cómodo a uma grande quantidade de informação diversificada, de distintas fontes na internet.
Mas o inconveniente é o considerável aumento de possibilidade de plágio, criando problemas não só instrucionais como também institucionais.
Avaliação colaborativa
Uma vantagem metodológica que a tecnologia dá é a possibilidade de avaliar não só o produto colaborativo, mas também o processo. No trabalho colaborativo virtual, o professor oferecer e receber distintos aspectos instrucionais válidos para a aprendizagem.
Mas há o inconveniente de que alguns alunos recorrem ao e-learning com a expectativa de realizarem as tarefas de forma isolada.
Processo de avaliação
A avaliação é mais do que os instrumentos de recolha de evidências avaliativas. Tem havido alguma confusão entre avaliação e instrumentos de avaliação através dos quais se recolhem os dados avaliáveis, e também confundir avaliação com a classificação que merece as referidas aprendizagens.
A comunicação dos resultados serve para clarificar e exercer a função mais normativa da avaliação, mas também para desenvolver a psico-pedagogia, dando uma importância nuclear às ajudas educativas e ao feedback num contexto virtual.
Feedback virtual como direito e como dever
A proposta consiste em transladar a atenção do local em que a temos tido até agora (nos instrumentos) para a reflexão sobre o diálogo avaliativo que se gera a partir da aplicação dos instrumentos.
Acreditamos que os alunos têm direito a melhorar as suas próprias produções a partir do próprio desenho da avaliação e isso também acarreta deveres para eles. O feedback virtual abre campos a uma necessária revisão e chama a atenção dos alunos sobre a qualidade dos seus contributos. Há que distinguir entre participação (quantidade) e interacção (qualidade).
Um dos núcleos básicos da interacção é a interacção estabelecida através dos processos de feedback que adaptam e readaptam de maneira progressiva o conhecimentos, ajustando-o de um modo correcto.
Conclusão: num contexto de melhoria contínua há-de de planificar-se os desenhos e as instruções que traduzam como um ente realmente complexo e articulado que procure uma avaliação com quatro perspectivas: avaliação da aprendizagem, avaliação para a aprendizagem, avaliação como aprendizagem e avaliação desde a aprendizagem.