Mas a realidade expressa pelo título cheia de graça é fundamental para a realização dos desígnios salvíficos de Deus. Realidade essa que coloca Maria numa situação absolutamente excepcional e única para colaborar no plano de Deus, pois prepara-a de uma forma sublime para conceber e dar à luz o Filho do Altíssimo. Daqui deriva também a singularidade e unicidade do seu lugar no mistério de Cristo. Perante este mistério, comunicado por Gabriel, ela dialoga consigo mesma: medita naquilo que lhe estava a acontecer. E assim Maria não duvida, mas entrega-se à vontade de Deus a seu respeito. E Deus continua a obra que nela começou; dará à luz o Filho de Deus, não por acção humana, mas por obra do Espírito, porque esse filho vai ser chamado Filho do Altíssimo. Sinal disso mesmo é o seu nascimento, também ele virginal, para que os homens vejam que Ele é de facto o Filho de Deus.