Entrevistas e outras coisas que tal

Não posso deixar de partilhar esta apresentação da Teresa Rafael, aluna do Mestrado em Pedagogia do E-Learning, grupo que tenho o privilégio de integrar.
E partilho porque neste momento do nosso trabalho em Metodologia de Investigação em Contexto Online estamos a braços com a elaboração de uma entrevista semi-estruturada. Esta apresentação é uma boa síntese das pesquisas e aprendizagens que fizemos.

Mais, este modo de aprender, procurando conectar-se em rede e na rede foi uma das grandes descobertas que fiz. Graças às leituras de e sobre George Siemens (Connectivism: A Leraning Theory for the Digital Age), percebi que se pode aprender muito navegando pela web.
E não posso deixar de colocar aqui um vídeo de uma outra colega mpeliana, Sandra Brás

Rede Social & Blogue
Soube da apresentação da Teresa Rafael através do Facebook. Tal como escreve George Siemens a uma entrevista por nós realizada, «os blogues produzem conhecimento, mas as redes sociais partilham-no».

E já repararam que os mpelianos já têm um acervo considerável de material produzido com qualidade!?!

A entrevista: quês e porquês

Não posso deixar de partilhar esta apresentação da Teresa Rafael, aluna do Mestrado em Pedagogia do E-Learning, grupo que tenho o privilégio de integrar.
E partilho porque neste momento do nosso trabalho em Metodologia de Investigação em Contexto Online estamos a braços com a elaboração de uma entrevista semi-estruturada. Esta apresentação é uma boa síntese das pesquisas e aprendizagens que fizemos.

Mais, este modo de aprender, procurando conectar-se em rede e na rede foi uma das grandes descobertas que fiz. Graças às leituras de e sobre George Siemens (Connectivism: A Leraning Theory for the Digital Age), percebi que se pode aprender muito navegando pela web.
E não posso deixar de colocar aqui um vídeo de uma outra colega mpeliana, Sandra Brás

1st Trans-National Distance Conference on Quality in Adult Learning 2009

On the 17th of December 2009, five national workshops from all over Europe and one virtual seminar in Second Life will be facilitated by a Roundtable in Brussels. Participants will be following via live stream, Twitter and chat. The 1st Trans-National Distance Conference on Quality in Adult Learning 2009 is crossing barriers: Adult learners have the possibility to discuss their needs directly with representatives of Adult Learning Centers and leading networks of Europe which are representing the policy dimension.

What is quality in adult learning? In two years of research and piloting, the QUALC project partnership has developed a toolset of methods and criteria which will be presented for the first time to a broad public audience during the 1st Trans-National Distance Conference on Quality in Adult Learning 2009. Educational scientists and practitioners have worked hand in hand to develop a quality approach to meet the special needs of adult learners. According to Mariarosa Di Nubila, project manager of QUALC who developed the initial idea of the conference, quality is a continuous process of sharing, participating and improving among all the actors which are involved in the learning activities.

Practical information for participants:

The event will be streamed on the QUALC website and on the adult learning NING https://adult-learning.ning.com of the QUALC partnership. At the NING, everybody has the possibility to directly communicate with the Roundtable and the conference team within a live chat.

Everybody who is interested in participating in the Second Life seminar, should register at https://mailto:info@efquel.org” target=”_blank”>info@efquel.org> until the 16th of December at 12:00 o’clock CET.

For more information visit https://adult-learning.ning.com/events/1st-transnational-distance

Proposta de Modelo de Avaliação de um curso online

Trabalho realizado por:Maria de Lurdes Martins, Pedro Teixeira, Luís Rodrigues e Rosalina Simão Nunes

Resumo

Com base nos trabalhos apresentados pelas várias equipas, decorrentes da leitura e análise dos texto escolhidos, e tendo em vista realizar uma síntese que focasse os seus principais aspectos, este documento apresenta uma proposta de modelo / avaliação da qualidade de cursos online.

Palavras-chave: Modelo de Avaliação, Ensino a Distância, Curso online

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Introdução

A Educação a distância parece ser uma importante resposta para as necessidades do desenvolvimento profissional das populações, em geral, por isso, essa modalidade de ensino deve procurar ir ao encontro dos estudantes onde eles estiverem e trabalhar com eles de forma a tirar o melhor partido da sua disponibilidade de tempo, energias e interesses. A evolução aponta no sentido das instituições de educação à distância começarem disponibilizar os seus cursos online, projectando cuidadosamente os cursos de forma a tirar o melhor partido das tecnologias disponibilizadas pelo recurso à Web. ( Carr-Chellman & Duchastel ) Focado no aluno, um curso online deve encorajar o contacto entre o aluno e o professor, a cooperação entre estudantes e a aprendizagem activa. Por outro lado, deve-se, também, valorizar o tempo disponibilizado nas tarefas, as expectativas dadas devem ser altas, bem como respeitar a diversidade nas formas de aprendizagens. (Chikering & Gamson).

Mas antes, uma referência àquilo que se entende por qualidade. No senso comum, quando se diz que algo tem qualidade está-se a dizer que está de acordo com as expectativas que se tem em relação à coisa em si. Por exemplo, ao afirmar-se: «este arroz de caril tem muita qualidade», o sujeito está a fazer referência às suas expectativas e àquilo que já viveu e conhece. Só assim se compreende que um mesmo «arroz» possa ser considerado por uma pessoa como muito bom e outra pessoa o considere razoável. E ambos têm razão, porque aqui estão em jogo as percepções de cada indivíduo, que são afectados/moldados pela cultura, pelos modelos mentais, pelo tipo de produto ou serviço prestado, pelas necessidades e pelas expectativas que se têm.

Mas, no nosso caso, ao abordarmos a qualidade de um sistema de ensino online, precisamos de ter presente que mais do que qualidade, entendido no sentido comum, estamos a procurar sistemas de gestão de qualidade, ou seja, que se verifiquem as condições óptimas para a realização do ensino, de acordo com um standar/paradigma previamente definido. Nesse contexto, torna-se necessário abordar a problemática da avaliação, pois este é um elemento essencial, quer para investigadores, quer para muitos dos professores que se movem em contextos online. Sendo a avaliação um dos aspectos mais complexos do ensino online, urge propor novas práticas de avaliação, tanto das aprendizagens dos estudantes, em contexto online, como dos próprios cursos online. A avaliação dos cursos online afigura-se imprescindível ,dado que, com a rápida expansão destes cursos , emerge a necessidade de consolidar práticas pedagógicas e de propiciar uma avaliação sólida das aprendizagens produzidas nestes ambientes. Deste modo, a avaliação dos cursos online será um instrumento promotor das alterações e dos ajustes necessários a práticas consistentes.

Carlini e Ramos( 2009) consideram que a “avaliação em processo” é particularmente importante nos cursos a distância, com grande interactividade dos participantes e os cursos online, apesar de muita planificação prévia, necessitam sempre de frequentes ajustes para ir reavaliando “ao longo do processo”. Subjacente a esta situação está a questão de saber quem deverá estar envolvido na avaliação. Questão de grande complexidade, a avaliação online deverá ser transparente e apresentada com clareza aos alunos, com a finalidade de lhes transmitir o objectivo de cada tarefa proposta, para que o estudante compreenda o significado de cada tarefa, que se enquadre numa visão holística do curso (Achtemeier et al). Daí que a avaliação deva ser muiltifacetada, adequada à tecnologia, às especificidades do curso e dos materiais e actividades propostas.

Outros aspectos a considerar são as circunstâncias em que a avaliação é realizada. Assim, de acordo com a função da avaliação, assim se pode privilegiar uma avaliação:

· Diagnóstica – tem como finalidade integrar o aluno num nível em relação aos seus conhecimentos/competências;

· formativa – pretende transmitir, ao aluno; um feedback sobre as suas aprendizagens e os progessos realizados e, simultaneamente, propicia a introdução de ajustes, no curso, por parte do professor;

· sumativa – vem responder à necessidade de proceder a uma classificação final.

Uma das questões que se coloca relativamente à avaliação é se esta deverá ser quantitativa ou qualitativa, Estes dois conceitos não se excluem: se, por um lado o aspecto quantitativo facilita a percepção do interesse manifestado pelo aluno – quantas vezes frequenta e participa em nos fóruns, em chats, tem acesso à biblioteca online, acede a aulas virtuais- esse aspecto, só por si, não capta toda a dimensão da sua participação, há que equacionar e especificar, igualmente, indicadores de qualidade das participações. Perspectivando a avaliação como um processo, o professor irá construindo um “perfil” do estudante ao longo deste processo de avaliação contínuo. Assim, diversificará os instrumentos e práticas de avaliação, por forma a obter evidências do percurso desenvolvido pelo estudante.

Considerados estes aspectos, vamos, de seguida, ocupar-nos em: caracterizar, em linhas gerais, um curso online, estabelecer um modelo de ensino online ideal e elencar as condições/meios que se têm de verificar.


Curso Online

Um curso online é um curso baseado essencialmente na Internet, tirando o máximo partido das oportunidades oferecidas pela web. Pois a educação à distância parece ser uma importante resposta para as necessidades do desenvolvimento profissional das diversas populações e para a aprendizagem ao longo da vida. Os cursos devem ir ao encontro dos aprendizes, tirando o melhor partido da sua disponibilidade de tempo, energias e focos interesses e necessidades. Estamos a caminhar para um paradigma que podemos designar de «aprender sem distância», procurando estar no lugar certo, à hora certa; Nos cursos online não tem lugar tanto a teoria behaviorista, mas sim a constructivista, ou melhor a conectivista (G. Siemens), onde a aprendizagem é potenciada pelas conexões que se estabelecem, com os diversos fautores da aprendizagem (aluno, professor, conhecimento).

A aprendizagem online eficaz(Alley 2000), centrada totalmente no desenho do projecto pedagógico, assume que:

  • O conhecimento é construído;
  • A aprendizagem é mais eficaz se for o aluno a assumir a responsabilidade pela sua própria aprendizagem;
  • A motivação dos estudantes é determinante nos resultados e sucesso da aprendizagem;
  • Uma aprendizagem de nível superior exige uma atitude de reflexão;
  • A aprendizagem é um processo individual;
  • Aprender é uma vivência experiencial;
  • A aprendizagem tem uma ambivalência social e individual;
  • Pressupostos epistemológicos superiores inflexíveis podem perturbar uma aprendizagem mais enriquecedora;
  • Aprender é um processo em espiral;
  • A aprendizagem é um processo não linear.

Assim, e de forma a poder contemplar esses vários aspectos o modelo de avaliação que se sugere deve ser concretizado em três dimensões ( Holsapple & Lee-Post):

· design;

· entrega;

· resultados.

Design

O design instrucional deve ser estruturado, tendo em conta três aspectos de qualidade:

Qualidade do sistema

  • Fácil utilização
  • O sistema reflecte contextos reais de aprendizagem
  • Estável
  • Seguro
  • Rápido
  • Sensível



Qualidade da informação

  • Bem organizada
  • Apresentada com eficácia
  • Tamanho adequado
  • Bem redigida
  • Útil
  • Actualizada
  • Privilegia as actividades aos meros conteúdos



Qualidade do Serviço

  • Imediato
  • Sensível
  • Justo
  • Promove o trabalho de grupos
  • Inteligente
  • Disponível

Entrega

O Professor/Formador, enquanto orientador/facilitador promove o nível metacognitivo da aprendizagem, integrando actividades e avaliação. Os recursos devem estar acessíveis de acordo com as necessidades dos alunos num formato não linear, reflectindo o tema do momento e sendo actualizados regularmente. Devem, ainda, reflectir a variedade de perspectivas de modo que os alunos tenham a oportunidade de julgar o mérito de diferentes posições, em vez de lhes ser dado apenas um ponto de vista, permitindo, assim, que os alunos acendam a uma variedade de opiniões. Na construção das actividades, sugere-se que possam ser utilizados os seguintes recursos:

  • Escrita
  • Discussões
  • Estudos de caso
  • Problemas práticos
  • Tutoriais
  • Trabalhos
  • Exames práticos
  • Redes sociais
  • Blogues
  • Micro-blogues (twitter)
  • Slides
  • Áudio

Resultados

Nesta dimensão pretende-se conhecer o grau de satisfação do aluno e os benefícios obtidos pela frequência do Curso online. Para isso, sugerimos a plicação de um questionário que deverá ser feito tendo em conta as outras dimensões apontadas: design e entrega.

Conclusão

Procurámos, neste trabalho, apresentar um modelo de curso online que contemplasse a reflexão dos textos estudados. Parece-nos que, centrando um modelo de avaliação nas três dimensões de Holsapple & Lee-Post (design, entrega e resultados), a aprendizagem poderá ser reforçada, fiável conduzindo ao sucesso académico.



Referências

ACHTEMEIER, Sue D.; MORRIS, Libby, V.; FINNEGAN, Catherine L. (2003) “Considerations for Developing Evaluations of Online Courses”. JALN 7, Issue 1.

https://www.edtechpolicy.org/ArchivedWebsites/Articles/ConsiderationsDevelopingEvaluations.pdfVolume

CARR-CHELLMAN, Allison & DUCHASTEL, Philip (2000) “The ideal online course”. British Journal of Educational Technology, Vol 31, Nº3 (229-241).

https://www.personal.psu.edu/users/k/h/khk122/woty/F2FHybridOnline/Carr-Chellaman%202000.pdf

HERRINGTON, Anthony; HERRINGTON, Jan; OLIVER, Ron; STONEY, Sue & WILLIS, Jackie (2001) “Quality Guidelines for online Courses:The Development of an Instrument to Audit Online Units” In G. Kennedy, M. Keppell, C. McNaught & T. Petrovic (Eds.) Meeting at the crossroads: Proceedings of ASCILITE 2001 (pp 263-270).

HOLSAPPLE, Clyde. W. & LEE-POST Anita (2006) “Defining, Assessing, and promoting E-learning Sucess: An information systems perspective”. Decision Sciences Journal of Innovative Education, Vol.4 Nº1 (pp 67-85)

TINKER, Robert (2001) “E-learning Quality: The Concord Model for Learning from a Distance”NASSP Bulletin, Vol. 85, No. 628, 36-46

Entrevista (Semi-estruturada)

A entrevista pode ser definida como um “processo de interacção social entre duas pessoas na qual uma delas, o entrevistador, tem por objectivo a obtenção de informações por parte do outro, o entrevistado”( Haguette, 1997:86, citado por Boni, Valdete e Quaresma, Sílvia, 2005: 72)
As entrevistas podem assumir várias formas: “a entrevista estruturada, semi-estruturada, aberta, entrevistas com grupos focais, história de vida e também a entrevista projectiva “ (Boni, Valdete e Quaresma, Sílvia, 2005: 72).
Nesta reflexão, e por indicação da actividade que estamos a desenvolver, vou centrar-me na entrevista semi-estruturada. Esta possui um misto de versatilidade (mas não tanto como a aberta) e de facilidade de tratamento dos dados (mas não tanto como a fechada).
Esta situação híbrida deriva do facto de nas entrevistas semi-estruturadas, havendo à partida um guião pré estabelecido, é possível também a liberdade desenvolver as respostas da forma que considere adequada, explorando os aspectos considerados mais relevantes.

“As entrevistas semi-estruturadas combinam perguntas abertas e fechadas, onde o informante tem a possibilidade de discorrer sobre o tema proposto. O pesquisador deve seguir um conjunto de questões previamente definidas, mas ele o faz em um contexto muito semelhante ao de uma conversa informal. O entrevistador deve ficar atento para dirigir, no momento que achar oportuno, a discussão para o assunto que o interessa fazendo perguntas adicionais para elucidar questões que não ficaram claras ou ajudar a recompor o contexto da entrevista, caso o informante tenha “fugido” ao tema ou tenha dificuldades com ele. Esse tipo de entrevista é muito utilizado quando se deseja delimitar o volume das informações, obtendo assim um direcionamento maior para o tema, intervindo a fim de que os objetivos sejam alcançados” (Boni, Valdete e Quaresma, Sílvia, 2005: 75).

Mas esta forma de fazer a entrevista tem uma grande desvantagem que é a preparação do entrevistador, ou no caso de se realizar em contexto online, realizar um instrumento capaz.
Mas tem também inúmeras vantagens, que passo a enumerar apenas as qu considero mais vantajosas: a possibilidade de aceder a uma grande quantidade de informação; e a possibilidade de esclarecer alguns aspectos da informação prestada, que de outra forma ficavam ocultos.

Fontes:
Boni, Valdete e Quaresma, Sílvia, (2005), Aprendendo a entrevistar: como fazer entrevistas em Ciências Sociais, in Revista Eletrônica dos Pós-Graduandos em Sociologia Política da UFSC, Vol. 2 nº 1 (3), janeiro-julho/2005, p. 68-80.
Cohen, L., Manion, L., & Morrison, K. (2007). Research methods in education (5ª ed.). Londres: Routledge.