Modelos de formação cristã e culturas contemporâneas – VI

Globalização

Um dos elementos mais marcantes e também mais ambivalentes das transformações culturais dos últimos séculos é, sem dúvida, o processo da denominada globalização. Por um lado, os contactos entre as diversas partes do globo, impulsionados a partir da Renascença e tornados banais durante todo o século passado – sobretudo através das tecnologias de comunicação – conseguiram instaurar relações de interdependência entre todos os seres humanos, tornando visível o facto de todos pertencerem à mesma condição fundamental, irmanados numa solidariedade universal. Por outro lado, contudo, essa interacção planetária potenciou o desenvolvimento de poderes despersonalizantes, que anulam as identidades particulares e que desrespeitam a dignidade fundamental de cada ser humano concreto. Assim, a inserção dos nossos contemporâneos no processo de globalização, fazendo com que este permita uma correcta articulação entre o universal e o particular é, sem dúvida, um dos desafios sócio-culturais mais importantes da época que vivemos.
A transmissão da fé nessas circunstâncias deverá, por um lado, saber situar-se na ambivalência dessa situação, tomando consciência da sua orientação mundializante e não apenas particularista; mas, por outro lado, terá que tomar cada vez mais consciência do dever que a vivência pragmática da fé cristã tem de dar um contributo positivo para um melhor equilíbrio neste processo problemático.
Na sua própria tradição, o cristianismo encontra a fonte do correcto equilíbrio entre universalidade e particularidade, dado que radica precisamente nessa relação. A Boa Nova de Jesus Cristo assenta na relação a uma pessoa particular, numa história particular, através de mediações particulares; mas, do mesmo modo, não se trata de uma Boa Nova particularista, só para uma etnia, ou só para um continente, ou só para uma classe social: é uma proposta universal de salvação que não conhece fronteiras de qualquer género.

Assim sendo, a universalidade da fé cristã não se identifica com a totalidade da manipulação de todos os recantos do globo nem com o totalitarismo da uniformidade pura. É, antes, a universalidade do relacionamento entre particularidades reais, únicas e irrepetíveis. Assim também a evangelização será regionalizada no concreto, por isso sempre plural e diversificada, caso a caso; mas, ao mesmo tempo, de dimensão universal, dirigida a todos os seres humanos sem excepção, contribuindo por essa via para fomentar a unificação planetária, para além dos horizontes estreitos dos particularismos culturais, e superando talvez o desencanto pós-moderno perante as promessas irrealizáveis da economia e da cultura mundializada.

Modelos de formação cristã e culturas contemporâneas – VI

Globalização

Um dos elementos mais marcantes e também mais ambivalentes das transformações culturais dos últimos séculos é, sem dúvida, o processo da denominada globalização. Por um lado, os contactos entre as diversas partes do globo, impulsionados a partir da Renascença e tornados banais durante todo o século passado – sobretudo através das tecnologias de comunicação – conseguiram instaurar relações de interdependência entre todos os seres humanos, tornando visível o facto de todos pertencerem à mesma condição fundamental, irmanados numa solidariedade universal. Por outro lado, contudo, essa interacção planetária potenciou o desenvolvimento de poderes despersonalizantes, que anulam as identidades particulares e que desrespeitam a dignidade fundamental de cada ser humano concreto. Assim, a inserção dos nossos contemporâneos no processo de globalização, fazendo com que este permita uma correcta articulação entre o universal e o particular é, sem dúvida, um dos desafios sócio-culturais mais importantes da época que vivemos.
A transmissão da fé nessas circunstâncias deverá, por um lado, saber situar-se na ambivalência dessa situação, tomando consciência da sua orientação mundializante e não apenas particularista; mas, por outro lado, terá que tomar cada vez mais consciência do dever que a vivência pragmática da fé cristã tem de dar um contributo positivo para um melhor equilíbrio neste processo problemático.
Na sua própria tradição, o cristianismo encontra a fonte do correcto equilíbrio entre universalidade e particularidade, dado que radica precisamente nessa relação. A Boa Nova de Jesus Cristo assenta na relação a uma pessoa particular, numa história particular, através de mediações particulares; mas, do mesmo modo, não se trata de uma Boa Nova particularista, só para uma etnia, ou só para um continente, ou só para uma classe social: é uma proposta universal de salvação que não conhece fronteiras de qualquer género.

Assim sendo, a universalidade da fé cristã não se identifica com a totalidade da manipulação de todos os recantos do globo nem com o totalitarismo da uniformidade pura. É, antes, a universalidade do relacionamento entre particularidades reais, únicas e irrepetíveis. Assim também a evangelização será regionalizada no concreto, por isso sempre plural e diversificada, caso a caso; mas, ao mesmo tempo, de dimensão universal, dirigida a todos os seres humanos sem excepção, contribuindo por essa via para fomentar a unificação planetária, para além dos horizontes estreitos dos particularismos culturais, e superando talvez o desencanto pós-moderno perante as promessas irrealizáveis da economia e da cultura mundializada.

Modelos de formação cristã e culturas contemporâneas – VI

Globalização

Um dos elementos mais marcantes e também mais ambivalentes das transformações culturais dos últimos séculos é, sem dúvida, o processo da denominada globalização. Por um lado, os contactos entre as diversas partes do globo, impulsionados a partir da Renascença e tornados banais durante todo o século passado – sobretudo através das tecnologias de comunicação – conseguiram instaurar relações de interdependência entre todos os seres humanos, tornando visível o facto de todos pertencerem à mesma condição fundamental, irmanados numa solidariedade universal. Por outro lado, contudo, essa interacção planetária potenciou o desenvolvimento de poderes despersonalizantes, que anulam as identidades particulares e que desrespeitam a dignidade fundamental de cada ser humano concreto. Assim, a inserção dos nossos contemporâneos no processo de globalização, fazendo com que este permita uma correcta articulação entre o universal e o particular é, sem dúvida, um dos desafios sócio-culturais mais importantes da época que vivemos.
A transmissão da fé nessas circunstâncias deverá, por um lado, saber situar-se na ambivalência dessa situação, tomando consciência da sua orientação mundializante e não apenas particularista; mas, por outro lado, terá que tomar cada vez mais consciência do dever que a vivência pragmática da fé cristã tem de dar um contributo positivo para um melhor equilíbrio neste processo problemático.
Na sua própria tradição, o cristianismo encontra a fonte do correcto equilíbrio entre universalidade e particularidade, dado que radica precisamente nessa relação. A Boa Nova de Jesus Cristo assenta na relação a uma pessoa particular, numa história particular, através de mediações particulares; mas, do mesmo modo, não se trata de uma Boa Nova particularista, só para uma etnia, ou só para um continente, ou só para uma classe social: é uma proposta universal de salvação que não conhece fronteiras de qualquer género.

Assim sendo, a universalidade da fé cristã não se identifica com a totalidade da manipulação de todos os recantos do globo nem com o totalitarismo da uniformidade pura. É, antes, a universalidade do relacionamento entre particularidades reais, únicas e irrepetíveis. Assim também a evangelização será regionalizada no concreto, por isso sempre plural e diversificada, caso a caso; mas, ao mesmo tempo, de dimensão universal, dirigida a todos os seres humanos sem excepção, contribuindo por essa via para fomentar a unificação planetária, para além dos horizontes estreitos dos particularismos culturais, e superando talvez o desencanto pós-moderno perante as promessas irrealizáveis da economia e da cultura mundializada.

Modelos de formação cristã e culturas contemporâneas – VI

Globalização

Um dos elementos mais marcantes e também mais ambivalentes das transformações culturais dos últimos séculos é, sem dúvida, o processo da denominada globalização. Por um lado, os contactos entre as diversas partes do globo, impulsionados a partir da Renascença e tornados banais durante todo o século passado – sobretudo através das tecnologias de comunicação – conseguiram instaurar relações de interdependência entre todos os seres humanos, tornando visível o facto de todos pertencerem à mesma condição fundamental, irmanados numa solidariedade universal. Por outro lado, contudo, essa interacção planetária potenciou o desenvolvimento de poderes despersonalizantes, que anulam as identidades particulares e que desrespeitam a dignidade fundamental de cada ser humano concreto. Assim, a inserção dos nossos contemporâneos no processo de globalização, fazendo com que este permita uma correcta articulação entre o universal e o particular é, sem dúvida, um dos desafios sócio-culturais mais importantes da época que vivemos.
A transmissão da fé nessas circunstâncias deverá, por um lado, saber situar-se na ambivalência dessa situação, tomando consciência da sua orientação mundializante e não apenas particularista; mas, por outro lado, terá que tomar cada vez mais consciência do dever que a vivência pragmática da fé cristã tem de dar um contributo positivo para um melhor equilíbrio neste processo problemático.
Na sua própria tradição, o cristianismo encontra a fonte do correcto equilíbrio entre universalidade e particularidade, dado que radica precisamente nessa relação. A Boa Nova de Jesus Cristo assenta na relação a uma pessoa particular, numa história particular, através de mediações particulares; mas, do mesmo modo, não se trata de uma Boa Nova particularista, só para uma etnia, ou só para um continente, ou só para uma classe social: é uma proposta universal de salvação que não conhece fronteiras de qualquer género.

Assim sendo, a universalidade da fé cristã não se identifica com a totalidade da manipulação de todos os recantos do globo nem com o totalitarismo da uniformidade pura. É, antes, a universalidade do relacionamento entre particularidades reais, únicas e irrepetíveis. Assim também a evangelização será regionalizada no concreto, por isso sempre plural e diversificada, caso a caso; mas, ao mesmo tempo, de dimensão universal, dirigida a todos os seres humanos sem excepção, contribuindo por essa via para fomentar a unificação planetária, para além dos horizontes estreitos dos particularismos culturais, e superando talvez o desencanto pós-moderno perante as promessas irrealizáveis da economia e da cultura mundializada.

Modelos de formação cristã e culturas contemporâneas – VI

Globalização

Um dos elementos mais marcantes e também mais ambivalentes das transformações culturais dos últimos séculos é, sem dúvida, o processo da denominada globalização. Por um lado, os contactos entre as diversas partes do globo, impulsionados a partir da Renascença e tornados banais durante todo o século passado – sobretudo através das tecnologias de comunicação – conseguiram instaurar relações de interdependência entre todos os seres humanos, tornando visível o facto de todos pertencerem à mesma condição fundamental, irmanados numa solidariedade universal. Por outro lado, contudo, essa interacção planetária potenciou o desenvolvimento de poderes despersonalizantes, que anulam as identidades particulares e que desrespeitam a dignidade fundamental de cada ser humano concreto. Assim, a inserção dos nossos contemporâneos no processo de globalização, fazendo com que este permita uma correcta articulação entre o universal e o particular é, sem dúvida, um dos desafios sócio-culturais mais importantes da época que vivemos.
A transmissão da fé nessas circunstâncias deverá, por um lado, saber situar-se na ambivalência dessa situação, tomando consciência da sua orientação mundializante e não apenas particularista; mas, por outro lado, terá que tomar cada vez mais consciência do dever que a vivência pragmática da fé cristã tem de dar um contributo positivo para um melhor equilíbrio neste processo problemático.
Na sua própria tradição, o cristianismo encontra a fonte do correcto equilíbrio entre universalidade e particularidade, dado que radica precisamente nessa relação. A Boa Nova de Jesus Cristo assenta na relação a uma pessoa particular, numa história particular, através de mediações particulares; mas, do mesmo modo, não se trata de uma Boa Nova particularista, só para uma etnia, ou só para um continente, ou só para uma classe social: é uma proposta universal de salvação que não conhece fronteiras de qualquer género.

Assim sendo, a universalidade da fé cristã não se identifica com a totalidade da manipulação de todos os recantos do globo nem com o totalitarismo da uniformidade pura. É, antes, a universalidade do relacionamento entre particularidades reais, únicas e irrepetíveis. Assim também a evangelização será regionalizada no concreto, por isso sempre plural e diversificada, caso a caso; mas, ao mesmo tempo, de dimensão universal, dirigida a todos os seres humanos sem excepção, contribuindo por essa via para fomentar a unificação planetária, para além dos horizontes estreitos dos particularismos culturais, e superando talvez o desencanto pós-moderno perante as promessas irrealizáveis da economia e da cultura mundializada.

A Liturgia na educação da Fé

A Igreja, através da sua ação profética, procura anunciar a Palavra de Deus, não como uma teoria que há que aprender, mas como uma realidade que se experimenta. Dito de outra forma, ao anúncio da Palavra corresponde o devido acompanhamento que quem a recebe, para que possa dar o livre assentimento da fé. O Concílio Ecuménico Vaticano II, na Constituição Dogmática sobre a Revelação Divina di-lo deste modo: «A Deus que revela é devida a “obediência da fé”; pela fé, o homem entrega-se total e livremente a Deus oferecendo “a Deus revelador o obséquio pleno da inteligência e da vontade” e prestando voluntário assentimento à Sua revelação» (DV 5). 


Este facto coloca à educação da fé algumas questões que importa ter presente:
A primeiratem a ver com a evidência de que a educação acontece pela “obediência”, ou seja, pela escuta da Palavra. Esta não é um mero aglomerado de letras ou sons, mas uma Pessoa, Jesus Cristo. Escutar a Palavra é aceitar estar em intimidade com Jesus Cristo, deixando-se transformar pelo que Ele diz e faz. Mas quais são as palavras e os gestos que nos transformam? Aqueles que são realizados pelas pessoas por quem temos algum afeto, que amamos! A inteligência deixa-se iluminar pelo Amor e a vontade quer fazer aquilo desejamos, porque O amamos.
A segundaquestões a ter presente tem a ver com o modo como se educa o afeto. Não me refiro às simples emoções, mas sim ao afeto como dimensão da pessoa que nos faz querer e desejar algo. O afeto educa-se pela familiaridade: aprendemos a amar com o contacto assíduo e gozoso! Então, como havemos de educar o afeto para que se aprenda a amar Cristo? Pelo convívio assíduo com Ele, ali onde Ele está real e sacramentalmente presente, na Liturgia, sobretudo eucarística, pois «Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, eu estou no meio deles» (Mt 18, 20). A Liturgia desempenha, então, um papel central na educação da fé, pois é ela que permite que alguém se deixe enamorar por Cristo, ver a Sua beleza e querer aderir a ele.
Chegamos então ao terceiro aspeto, o da liberdade. Esta nunca pode ser violentada nem ignorada, até porque a fé é a adesão com que cada pessoa se entrega a Deus… As palavras e ensinamentos serão “preceitos” distantes e frios, se não forem as palavras de Alguém que se dá a conhecer por amor. E o que é frio e distante não promove a adesão, antes afastamento e até desafeição. Os valores evangélicos que se procuram ajudar a descobrir na educação da fé também não serão acolhidos se antes não houver um adesão afetiva com Cristo e o desejo de querer segui-Lo. Logo, a liberdade para aderir a Cristo promove-se e educa-se na ação litúrgica.


Concluindo, se a catequese deve educar para a participação litúrgica, deve também deixar-se educar pela liturgia. Aqui, a primazia é de Deus, não dos homens, os frutos surgem, não do mero empenho humano, mas da iniciativa divina que atua em cada pessoa. Porque «para prestar esta adesão da fé, são necessários a prévia e concomitante ajuda da graça divina e os interiores auxílios do Espírito Santo, o qual move e converte a Deus o coração, abre os olhos do entendimento, e dá “a todos a suavidade em aceitar e crer a verdade”. Para que a compreensão da revelação seja sempre mais profunda, o mesmo Espírito Santo aperfeiçoa sem cessar a fé mediante os seus dons» (DV 5).

A Catequese na missão da Igreja

Num contexto cultural cada vez mais exigente para a proposta de fé, a catequese assume, gradualmente, uma função missionária. Com efeito, tendo a catequese a missão de anunciar a Palavra de Deus, a fim de despertar a fé nos catequizandos, verifica-se, no entanto, que estes se encontram cada vez menos predispostos para responder ao anúncio do Evangelho.
Assim, a transmissão da Mensagem de Deus, que outrora passava quase espontaneamente de pais para filhos, perdeu no ambiente social e cultural o seu suporte. A catequese assume, cada vez mais, a função de despertar a fé, converter os batizados que não conhecem ou não vivem o cristianismo, levar o evangelho aos afastados. Daí que, já na Exortação Apostólica Christifideles laici, João Paulo II chame a atenção para a necessidade de uma nova evangelização: «Chegou a hora de empreender uma nova evangelização. […] Esta nova evangelização […] destina-se a formar comunidades eclesiais amadurecidas, isto é, comunidades em que a fé se liberte e realize todo o seu significado original de adesão à pessoa de Cristo e ao seu Evangelho […] A Igreja deve, hoje, dar um grande passo em frente na sua evangelização, deve entrar numa nova etapa histórica do seu dinamismo missionário» (ChL 34-35). De facto, a evangelização, cuja finalidade é a de anunciar o Evangelho e dar testemunho dele em todos os momentos, é a missão e a razão de ser da Igreja: «Evangelizar constitui, de facto, a graça e a vocação própria da Igreja, a sua mais profunda identidade» (EN 14). Ela existe para tornar presente a experiência de Jesus Cristo e a sua mensagem de salvação, de modo que todo o homem possa descobrir em Jesus o caminho para a verdade.
Podemos, assim, entender a catequese como um momento fundamental do processo evangelizador, uma vez que é graças a ela que o primeiro anúncio da Boa Nova é pouco a pouco aprofundado, desenvolvido, explicado e orientado para a prática cristã. Para tal, é indispensável que a catequese se centre na pessoa de Jesus Cristo e no Seu mistério de Salvação, apresentando-o como Boa Nova, fonte de esperança e de sentido para a vida humana. «Muitos baptizados vivem como se Cristo não existisse … o desafio […] consiste […] em levar os baptizados a converterem-se a Cristo e ao seu evangelho» (EE 47) Deste modo, a catequese deve convidar o batizado a uma atitude de conversão ao Senhor e ao compromisso com o testemunho do Evangelho no mundo, num processo de solidificação e amadurecimento da fé. A catequese é, então, o momento “fundamental” e “prioritário” de evangelização pois lança as bases que podem dar solidez à vida cristã futura (cf. CGD 63-64) dos batizados, conduzindo-os a uma participação ativa na comunidade cristã. Com efeito, toda a atividade catequética tem em vista a inserção do catequizando na vida da Comunidade. O importante, para um cristão, não é saber mais do Evangelho, mas sim dar um testemunho fiel e firme do Evangelho em todos os momentos da sua vida. 

Elogio da política

Vêm aí as autárquicas. Pela proximidade efectiva com as populações, são, entre todos os actos eleitorais, aquele que gera mais amores e desamores, proximidades e divisões. Desta vez, os habituais ingredientes são condimentados pela novidade da reforma administrativa e consequente mexida com os bairrismos e autonomismos. Por tudo isto, vale a pena uma reflexão, ainda que incipiente. O Ocidente adoptou a noção aristotélica da política como interesse pelo social, como compromisso para com a comum cidade dos homens. E isso diz muito aos cristãos, «mandatados» para a edificação de uma “nova terra e novos céus” e corresponsabilizados perante o seu “próximo”. Nunca o “dar a Deus o que é de Deus” excluiu o “dar a César o que é de César”. O que fez, foi evitar confusões entre estes dois âmbitos, como acontecia no passado e alguns ainda teimam em recuperar no presente.
Mas há muitas formas de fazer política e de se comprometer com ela. Desde as associações cívicas às ONG’s. Sem ignorar, porém, que a forma privilegiada é a via partidária. No actual momento histórico, de facto, os partidos constituem os instrumentos mais habituais para o exercício da «caridade política», entendida como preocupação afincada pelo bem comum. Se são, assim, tão importantes, convém não esquecer algumas implicações. Vejamos. 12 Em primeiríssimo lugar, uma mente crente só pode aderir a partidos que defendam acerrimamente a chamada «constelação de valores» ou «quadrilátero social» de que falava João XXII, antítese de todas as ditaduras: verdade, liberdade, justiça e amor/caridade. O recente Magistério da Igreja ajuntou-lhe mais dois, de absoluta urgência: a defesa da vida humana em todas as fases da sua existência e a protecção da família heterossexual. Depois, há que dar-se conta de que nenhum partido corresponde integralmente às exigências da fé. Por isso, a mesma fé pode conduzir a distintas escolhas. A adesão aos partidos deve ser à base de pressupostos críticos –confrontar o seu programa com o Evangelho- e não por motivos ideológicos.


A noção de «bem comum», objectivo último da política, deve incluir não apenas as coisas materiais, mas também a abertura e orientação para as realidades do espírito, nas quais se insere a dimensão meta-temporal. Finalmente, porque ainda não chegamos àquele estádio em que a opção por famílias partidárias não separe as pessoas nem gere animosidades, o clero e os religiosos são chamados a abster-se, directa e indirectamente, de militar em partidos e de os favorecer ou obstaculizar. Mas devem cumprir, religiosamente, a obrigação de anunciar os princípios e propor os critérios da Doutrina Social da Igreja.
A Conferência Episcopal da América Latina, quando reuniu em Puebla, definiu a política como “uma forma de dar culto ao Deus vivo”. Tal a consideração por esta actividade humana. Então, dignifiquemo-la!

D. Manuel Linda

A alegria de ser catequista

Chamado a ser um educador da fé, o catequista deve ser, antes de mais, uma pessoa de verdadeira fé, virtude pela qual acreditamos em Deus e em tudo o que Ele disse e revelou. Sendo a sua missão a de anunciar e transmitir a Mensagem de Deus, a fé do catequista alimenta-se quotidianamente com a meditação do Evangelho, bem como com a prática da caridade. O catequista é alguém consciente de que «a fé é garantia das coisas que se esperam e certeza daquelas que não se veem» (Hb 11, 1-2) e, por isso, fundamenta-se na Palavra de Deus, que é uma Pessoa. O catequista possui, então, certezas simples e sólidas que o hão de ajudar na prática do seu ministério apostólico. Com efeito, enquanto evangelizador e apóstolo de Jesus Cristo, o catequista deve apresentar-se aos outros como a «imagem de pessoas amadurecidas na fé, capazes de se encontrarem para além de tensões que se verifiquem, graças à procura comum, sincera e desinteressada da verdade» (EN 77). Só sendo detentor de uma verdadeira fé, o catequista poderá realizar a sua missão de transmiti-la, com tranquilidade.


Não obstante, o catequista, enquanto educador da fé, não guarda a fé para si mesmo; pelo contrário, ele é alguém chamado por Deus a anunciar, a transmitir e a dar testemunho dessa mesma fé, nas mais diversas circunstâncias da sua vida. Na verdade, o anúncio da Mensagem de Deus é feito, antes de mais, pelo testemunho daquele que vive a fé: A Igreja tem bem presente que «o testemunho de uma vida autenticamente cristã, entregue nas mãos de Deus, numa comunhão que nada deverá interromper, e dedicada ao próximo […] é o primeiro meio de evangelização. “O homem contemporâneo escuta com melhor boa vontade as testemunhas do que os mestres […] ou então se escuta os mestres é porque eles são testemunhas”» (EN 41). No exercício do seu ministério apostólico, o catequista dá testemunho, por meio das palavras e ações, da sua própria experiência cristã.
Num ambiente onde as pessoas tendem a afastar-se de Deus, é cada vez mais necessário catequistas com convicções profundas que, em diálogo com o mundo, anunciem com alegria a graça que receberam ao se sentirem associados à missão de Jesus Cristo: a de dar a conhecer a Boa Nova, testemunhando-a no seu dia a dia. Os catequistas anunciam uma mensagem que, pelo seu significado, dá origem a um novo estilo de vida. Quanto mais o catequista se mostre alegre no anúncio da Palavra, tanto mais credível será a mensagem para os que a escutam.


Com efeito, é precisamente a alegria do catequista, no anúncio da Palavra e do Evangelho, a demonstração mais evidente de que a Boa Nova, que anuncia, encheu o seu coração. O catequista tem consciência que Deus está com ele; e é, pois, esta comunhão que se estabelece entre os dois que leva cada catequista a sentir necessidade, como profeta, de anunciar a Verdade que o anima. Esta consciência de participar do amor de Deus leva-o a ser sal e luz do mundo, anunciando a Boa Nova com alegria, dando-lhe força e determinação para continuar a sua missão, apesar das dificuldades que, muitas vezes, surgem no seu caminho.

Colocando poesia na Rede

Uma estupenda oportunidade
para a comunidade de poetas aficionados
disponibilizar poemas na rede
sentir que são celebridade
Nada mais pensa,
nossos pensamentos são lidos
por pessoas a quilômetros de distância
as quais nunca veremos
das quais nunca saberemos
Velhos e experientes
Jovens e entusiasmados
Gente de todo o mundo
de muitos contextos, de vários aspectos
compartilharão sua palavra
Podemos ter rápida retroalimentação
que não teríamos se estivéssemos sozinhos
Quando escrevemos, não sabemos
como responder à pergunta
“É um poema?”, Sim ou não!
Mas quando os divulgamos, se são escolhidos,
estamos certos de que muita gente especializada
irá lê-los e preferi-los,
esse pensamento entusiasma o curacao
Não temos que escrever uma e mais outra vez
para enviar esses poemas
às pessoas próximas e queridas
mas simplesmente dizer-lhes
que procurem na Rede
Podemos aprender a linguagem, o estilo,
o ritmo e os esquemas de ideias
de outros versos
para ativar nossos sentidos.
Uma estupenda oportunidade
para a comunidade de poetas aficionados
colocar poemas na rede
sentir que são celebridade.

Prasanthi Uppalapati