Gestos e Símbolos do Baptismo
Catequese!
Uma abordagem sistemática do Ritual de Iniciação Cristã dos Adultos
À catequese de iniciação cristã corresponde estruturar a conversão a Cristo, dando as bases para essa primeira adesão. Os convertidos, mediante “um ensinamento de toda a vida cristã e uma aprendizagem devidamente prolongada no tempo”(AG 14) são iniciados no estilo de vida evangélico e nos mistérios da salvação. O objectivo é iniciar na plenitude da vida cristã.
Deste os tempos apostólicos, o ‘tornar-se cristão’ exige um caminho de iniciação, com diversas etapas. “Este itinerário pode ser percorrido rápida ou lentamente”(CCE 1229) e tem no catecumenado baptismal o seu modelo inspirador. E, uma vez que é um processo de conversão é essencialmente gradual e cristocêntrico, porque está ao serviço daquele que decidiu seguir Cristo.
O RICA apresenta as seguintes etapas:
• evangelização ou pre-catecumenado (RICA 9-13)
Antes da admissão ao catecumenado, existe um tempo de evangelização ou pré-catecumenado que tem como objectivos apresentar com firmeza o querigma, propiciar a conversão inicial a Jesus Cristo, a quem os simpatizantes devem dar um primeiro assentimento, desejar seguir a Cristo e pedir o Baptismo. Nesta fase preparatória, cada um sente-se chamado a afastar-se do pecado e a abraçar o mistério da divina caridade, sob a acção do Espírito Santo, que abre o coração daqueles que desejam acercar-se da fé. Esta etapa preparatória é de suma importância, tanto mais que hoje as vias tradicionais de iniciação cristã – família e sociedade – não logram alcançar este objectivo. O centro deste anúncio é a Boa Nova proclamada por Deus, o Seu mistério de salvação para todos os homens, realizado em Jesus Cristo, morto e ressuscitado, e as suas implicações na vida do homem.
• catecumenado (RICA 14-20)
Segue-se a entrada no catecumenado, que é um tempo prolongado, onde os candidatos recebem a formação cristã e se submetem a uma adequada disciplina. Aqui tem um papel importante o Catecismo da Igreja Católica que há-de ser ponto de referência obrigatório para essa formação cristã, nas suas diversas componentes. Espera-se que os catecúmenos possam adquirir uma conveniente maturidade cristã, levando para isso vários anos. “Com efeito, através da instrução e da aprendizagem da vida cristã durante um período suficientemente prolongado, os catecúmenos são iniciados nos mistérios da salvação, na prática dos costumes evangélicos e nos ritos sagrados que a seu tempo se hão-de celebrar e são introduzidos na vida da fé, na vida litúrgica e na vida de caridade do povo de Deus”(RICA 98).
• tempo da purificação e da iluminação (RICA 20-27)
Segue-se o tempo de purificação e da iluminação que coincide, normalmente, com a Quaresma. Este tempo destina-se a preparar intensamente o espírito e o coração dos candidatos que, pelas suas disposições, são idóneos para celebrar os sacramentos de iniciação. Este tempo é de iluminação porque, em razão do Baptismo, os neófitos são iluminados pela luz da fé. A Igreja propõe aos catecúmenos um tempo mais intenso de purificação, através da catequese e acções litúrgicas, da oração, dos exorcismos, da prática de penitência e do jejum, para lutarem contra as forças dos mal e purificarem o coração. Aqueles que já foram baptizados celebram aqui também o sacramento da Penitência com o qual são redimidos dos pecados cometidos após o Baptismo. A Igreja propõe-se, como Mãe, a gerar em Cristo aqueles que percorreram o caminho de iluminação e de purificação. É neste período que se faz a entrega do Símbolo e do Pai Nosso.
• celebração dos sacramentos
Segue-se a celebração dos Sacramentos de Iniciação, no caso dos não baptizados. Esta celebração faz-se ordinariamente na Vigília Pascal, presidida pelo Bispo e na presença de toda a comunidade cristã.
• mistagogia (RICA 27-40)
O tempo que se segue, o da mistagogia, é aquele onde toda a comunidade, juntamente com os neófitos, aprofunda cada vez mais o mistério pascal e procura traduzi-lo na vida, em fidelidade ao Evangelho, pela participação na Eucaristia e pelo exercício da caridade. Após a celebração dos sacramentos e pela experiência dos mesmos pode aprofundar-se o conhecimento dessas realidades salvíficas. O “sentido e o valor deste tempo vêm da experiência, pessoal e nova, tanto dos sacramentos como da comunidade”(RICA 40).
Catequese com Crianças
“Em seguida, passado pouco tempo, na escola e na igreja, na paróquia ou no âmbito da assistência religiosa do colégio católico ou das escolas do Estado, simultaneamente com a abertura a um círculo social mais vasto, chega o momento de uma catequese destinada a introduzir as crianças de modo orgânico na vida da Igreja, e a prepará-las para a celebração dos Sacramentos. Catequese didáctica, sem dúvida, mas visando um testemunho de fé que há-de ser dado; catequese inicial, sim, mas não fragmentária, pois deverá apresentar, embora de maneira elementar, todos os mistérios principais da fé e sua incidência na vida moral e religiosa das crianças; catequese, enfim, que há-de dar sentido aos Sacramentos, mas ao mesmo tempo receber desses Sacramentos vividos uma dimensão vital, que a impeça de permanecer simplesmente doutrinal e comunique às crianças a alegria de serem testemunhas de Cristo no meio em que vivem”. (CT 37).
Destaco que este número começa por referir a mudança na vida da criança, que deixa o âmbito estritamente familiar para se abrir socialmente, quer na escola, quer na Igreja. É tempo de começar a catequese orgânica, precisamente o contrário da anterior, a do despertar religioso, que é ocasional e de acordo com o que as circunstâncias da criança se propuserem. Esta catequese, agora, tem como objectivo introduzir a criança na vida da Igreja.
Esta iniciação tem a sua raiz no Baptismo, celebrado pouco tempo depois do seu nascimento. A esta etapa da catequese cabe a iniciação orgânica e sistemática, em ordem a uma primeira síntese de fé. A iniciação realiza-se em Igreja e é a ela que cabe essa missão, levada a cabo pelos catequistas. Estes são o referente comunitário, para a criança, que tem nele não só o referente, como também o meio e o método para chegar à plena iniciação cristã, através do testemunho.
A graça baptismal, donde partimos na catequese de infância ordinariamente, deve ser desenvolvida pelo catequizando, com a ajuda do catequista, de modo a conseguir-se a profissão de fé, elemento interior deste sacramento e objectivo da catequese(DGC 66).
Esta catequese inicial tem como objectivo a primeira síntese de fé, transmitindo à criança a fé que a Igreja confessa, celebra, vive e ora, tudo isto na comunidade e com o dever de dar testemunho(DGC 85-87). Por isso, esta catequese é didáctica, mas visando o testemunho de fé que a criança deve dar. Para isso, devem ser transmitidos todos os principais mistérios da fé e as suas repercussões na vida da criança. Salvaguarda-se que isto se deve acomodar à idade e às capacidades da criança.
Esta etapa catequética (DGC 178) deve proporcionar uma síntese elementar da história da salvação e um contacto com a Sagrada Escritura, deve também possibilitar que a criança seja capaz de levar uma vida de oração, quer pessoal quer comunitária. Que saiba participar nos sacramentos, nomeadamente na Eucaristia, de forma activa e frutuosa. Também se espera que a criança comece a agir com consciência cristã, vinculando a sua vida a Cristo e que, por isso, assuma opções concretas, conformes à fé.
Porque é eminentemente educativa, a catequese da infância deve preocupar-se por desenvolver aqueles recursos humanos que formam o substrato antropológico da vida cristã: são eles o sentido da confiança, a gratuidade, o dom de si mesmo e a participação alegre na vida de fé.
De referir também a catequese de iniciação não tem como objectivo a mera preparação para os sacramentos, mas sim promover que realizem um itinerário pessoal de vida cristã, no qual se inserem os sacramentos como momentos fortes do crescimento da fé. Os sacramentos são, isso sim, momentos fortes da maturidade cristã que a criança vai alcançando.
A catequese que dá sentido aos sacramentos possibilita também que eles sejam vividos numa dimensão vital. Por isso a verdadeira catequese não se fica apenas na dimensão gnoseológica, antes impregna toda a vida da criança, todas as suas dimensões e capacidades, levando-a a viver com alegria a sua opção por Cristo, dando testemunho d’Ele no meio em que vive. A sua vida agora gira não só em torno da família, mas também no ambiente escola: dois ambientes educativos vitais.
A catequese familiar é, de certo modo, insubstituível, pois é aí que se pode verificar aquele ambiente acolhedor e positivo onde, pelo exemplo dos adultos, se pode dar a primeira sensibilização explícita e prática de fé.
É à família que cabe a missão dos despertar religioso, mas isso nem sempre acontece, pelo que ao iniciar-se a catequese na paróquia se deve ter em especial atenção aqueles que não tiveram o despertar religioso, para que, com tacto e delicadeza, a comunidade paroquial saiba tratar convenientemente cada caso que, como é óbvio, deve merecer um tratamento especial.
O Nome de Deus na Bíblia
Quando Jesus nasceu, foi-lhe dado um nome. Antes disso, não se encontra na Bíblia nenhum lugar onde se dê um nome a Deus. Mesmo quando Moisés perguntou a Deus qual era o Seu Nome, Deus não lhe disse qual o Seu Nome. Mas usou de expressão em lugar do nome.
Para o Povo de Deus o nome não era apenas uma palavra externa com a qual chamamos alguém. O nome possuía um conteúdo interior. Deveria significar aquilo mesmo que a pessoa era no íntimo de seu ser. Daí a dificuldade de se chamar Deus por um nome. Quem poderia penetrar o íntimo divino?
Na Bíblia encontramos certas expressões que designavam a Pessoa Divina. Eis as mais conhecidas:
Elôhim: é o plural de “El”. O SENHOR.
ADONAI: quer dizer MEU SENHOR ou MEU DEUS.
ELYON: significa a parte mais alta de um lugar. É usada para dizer O DEUS ALTÍSSIMO.
SADDAI: palavra que significa O TODO PODEROSO.
JAVÉ: (Jaheweh) quer dizer: EU SOU AQUELE QUE SOU.
Jeová: é uma tradução errada de “Yahweh”.Os judeus tinham excesso de respeito com o nome de Deus. O segundo mandamento do Decálogo (10 mandamentos) não permitia que se pronunciasse o nome de Deus em vão. Então por medo de usar indevidamente um nome tão sagrado, os judeus passaram a escrever “Javé” somente com as quatro consoantes, sem as vogais. Então ficou YHWH. Mais tarde, colocaram as vogais da palavra Adonai e surgiu ” Yehowah” ( Jeová ) em lugar de Yaheweh ( Javé ). Quer dizer DEUS.
Mas, acima de tudo, o Catequista, é-o sempre em nome de Deus e enviado pela Comunidade…
Persistência
«Se os escritores tivessem que esperar viver integramente o que dizem, não existiria no mundo nenhum livro, excepto a Bíblia. Apesar da distância entre a vida do escritor e o que diz, é necessário não calar-se, sobretudo quando os autores tentam viver o que escrevem; e o que escrevem pode humanizar, se não a muitos, pelo menos a alguns homens».
José António Merino
Pois é, na vida do Catequista passa-se o mesmo: por mais difícil que seja a missão, por mais longa que esteja a Meta… há sempre que tentar.
Irformar, Formar e Educar
Informar é fornecer um conjunto de dados.
Formar é orientar para a eficácia.
Educar é despertar potencialidades.
A informação é dada por quem sabe.
A formação é dada por quem pratica.
A educação é dada por quem vive.
Quem informa tem mais conhecimentos.
Quem forma tem mais experiência.
Quem educa tem mais vivência
A informação exige pesquisa contínua.
A formação exige progresso contínuo.
A educação exige aprofundamento contínuo.
Pela informação alargam-se os horizontes.
Pela formação alargam-se as possibilidades.
Pela educação alargam-se as capacidades.
A pessoa informada está mais prevenida.
Pode evitar melhor os problemas.
Pode caminhar com mais segurança.
A pessoa formada está mais esclarecida.
Pode conhecer melhor as situações.
Pode encontrar mais soluções.
A pessoa educada é mais consciente.
Pode mergulhar mais na realidade.
Pode encontrar o melhor caminho.
A pessoa informada é mais prudente.
A pessoa formada é mais eficaz.
A pessoa educada é mais feliz.
Dúvidas!!!!!
E esta, heim?!?
Conselhos para ser um Catequista Simpático
– Aprenda a fixar os nomes dos catequizandos. O nome de uma pessoa muito importante para ele e indica o seu interesse por ele.
– Faça para que todos se sintam bem na sua presença.
– Adquira a capacidade de manter a calma e de não se perturbar facilmente.
– Não seja egoísta. Não dê a impressão de saber tudo. Seja natural e humilde.
– Torne-se atraente e alegre.
– Modele a sua personalidade de forma a evitar toda a agressividade.
– Tente remediar qualquer mal-entendido presente ou passado.
– Exercite-se no gostar das pessoas.
– Nunca deixe de se congratular e elogiar os êxitos dos outros e de expressar a sua solidariedade nos momentos difíceis.
– Procure ser sempre uma pessoa que vive da fé, para ter algo de mais transcendente a dar aos catequizandos.
(Adaptação de N.V. Peale)