Chegou o verão! Vamos à Festa.

A catequese tem o objectivo de iniciar, progressiva e sistematicamente, à fé cristã. Com o início das férias de Verão, a que está associada uma grande pausa nos encontros de catequese, urge propor actividades para que o grupo se possa encontrar e, o que seria muito salutar, realizar actividades lúdicas.

Esta actividade destina-se a catequizandos e catequistas, que podem optar por fazer a recolha individualmente ou por grupo.
O objectivo é promover que se faça uma leitura crente das festas populares, descobrindo-lhe valores e manifestações cristãs, bem como influência pagã nas manifestações religiosas. Vendo que o Homem que reza e celebra é o mesmo que festeja e realiza arraiais, e nisso não há nada de mal.

Se quiseres, podes ler um autor interessante: Mircea Eliade, nomeadamente a sua obra O Sagrado e o Profano.

Pode recorrer-se a câmaras de vídeo, telemóvel, máquina fotográfica ou outro sistema qualquer, e recolher as imagens da realização sobre que querem reflectir.
Depois, alojam essa imagem no youtube ou outro no género, e ‘embebem-no’ na página wiki criada para o efeito, onde colocam também as vossas reflexões e descrição das descobertas realizadas:
– Repara nas Missas das festas, se há alguma tradição mais pitoresca e o ‘porquê’ de ser assim;
– Olha para as Procissões, para o modo como são aorganizadas, as representações dos figurados, as Confrarias presentes que são reflexo das grandes devoçõpes populares. No fundo as verdades que fé que querem afirmar e expressar, à mistura com costumes e presenças pagãs.
– Por fim o arraial. Repara nas imagens que são invocadas, as letras das músicas cantadas e os costumes aí associados. Sabes, dantes era nestes arraiais que se ‘pediam as moças em namoro’.

No final procura responder à pergunta: A festa pode ser uma boa oportunidade para perceber a fé popular?

Para poder editar a página wiki, é preciso mandar um mail a solicitar.
Criaremos, na wiki, uma página por cada participante, individual ou grupo.
No final do Verão realizaremos um vídeo em conjunto, sintetizando aquilo que fomos descobrindo ao longo do Verão.

Então, vamos à festa?

Uma proposta para viver a liturgia

Embora a iniciação à vida litúrgica seja uma tarefa da Catequese, esta tem sentido algumas dificuldades.

Cosnciente disso, e num trabalho motivado por um trabalho académico, elaborei um podcasting.

Queres dar uma vista olhos e dares a tua opinião?

Está aqui.

Ao Ritmo da Liturgia!

Este á uma hipotética acção de formação, com ritmo semanal, que procura ambientar os cristãos para a escuta da Palavra de Deus, na celebração da liturgia de Domingo.
Aqui, poder-se-á escutar o texto do evangelho, ouvir um comentário e realizar alguma actividade que ajude a compreender o texto, relacionando-o com a experiência de vida de cada pessoa.
Esta actividade destina-se, preferencialmente, à população juvenil, dos grupos de jovens das comunidades paroquiais.
Para enquadrar este recurso, convém ter presente que a liturgia cristã, como muitas outras, tem um ritmo semanal e que muitas comunidades marcam o seu ritmo de caminhada pela liturgia. Daí que uma boa preparação da liturgia, facilita a vida da comunidade. Pelo que esta formação foi idealizada para ajudar a população juvenil a viver a celebração do Domingo.

Planificação
Objectivos: – Conhecer as principais ideias do Evangelho do Domingo
– Favorecer a participação na liturgia dominical

Tarefas:

1ª – Cada participante na formação irá fazer o download, ou sincronizar o iTunes, no início da semana, podendo escutar a leitura e o seu comentário num ambiente descontraído, como por exemplo enquanto vai de autocarro, ou então investir um certo tempo só para esta actividade.
2 ª – Posteriormente, cada formando é convidado a pesquisar na internet, na Bíblia ou noutro meio à sua escolha a informação que lhe permita responder a estas questões:
1 – O que significa o mar?
2 – Que simboliza a barca?
3 – Que sentimentos experimentaram os discípulos e que sentimentos experimentas tu, hoje?

As respostas a estas questões deverão ser colocadas nos comentários deste blogue, e moderadas pelo formador.

3ª – A actividade conclui-se com a elaboração, em conjunto, de um cartaz/mural de ambientação à liturgia, onde se recolhem as ideias principais expressas pelo grupo. A realização do cartaz/mural é uma das actividades do encontro semanal..

Igreja é Comunhão – III

A Comunhão na Sagrada Escritura

Para já, podemos adiantar que comunhão humana deriva da comunhão trinitária, como a imagem deriva do original, causa exemplar e inclui a distinção, a diferença e a pluralidade. Só se torna possível porque o Pai toma inteiramente a iniciativa, enviando o seu Filho como vida para o mundo.
A novidade da condição do cristão consiste fundamentalmente na sua participação na vida trinitária, que a teologia bíblica neotestamentária designa com o termo grego koinônia. A salvação obtêm-se através da comunhão com Cristo e com os outros baptizados. E a mística da unidade “entre Deus e o homem, e entre os homens e Cristo, é no cristianismo uma mística do encontro […]. Assim se constata também neste aspecto que o mistério trinitário é o fundamento mais profundo e o sentido último do mistério da pessoa humana e da sua perfeição no amor”(Walter Kasper).
A comunhão tem subjacente a dinâmica do amor divino, de um Deus que se revela aos homens e se dá a conhecer por amor.
A Sagrada Escritura é fonte de comunhão e cânone por onde se pode verificar a autenticidade das várias comunhões; é o garante inspirador de ulteriores comunhões, pois o homem por si só não era capaz de comunhão; a comunhão horizontal é fruto e reflexo da comunhão vertical.

“Esta união e comunhão dos homens entre si encontra na trindade o seu exemplo e fonte. Na verdade, Deus quis introduzir os homens no mistério do amor da comunhão trinitária. Quis que os homens dispersos, divididos, filhos da cólera e da iniquidade, se congregassem e reunissem no Espírito de amor, a exemplo das Pessoas divinas. Por meio da Igreja, Deus quis fazer de todos os homens uma só família, um só povo, um só corpo de Cristo. E quis que o elemento de união, de coesão desse povo fosse o amor pelo qual o Pai ama o Filho e Filho ama o Pai”(René Latourelle).

O amor, como fonte de coesão, é um reflexo do amor trino revelado pelos textos do Novo Testamento, no qual viver em Igreja “como comunidade não significa configurá-la ao arbítrio de grupos ou maiorias. A comunidade eclesial é comunidade com Deus por Jesus Cristo e no Espírito Santo e desenvolve-se como comunidade na Palavra de Deus e nos sacramentos”(J. Pottmeyer). Como consequência, a palavra comunhão (koinônia) significa participação comum. Designa uma relação baseada na participação e uma realidade partilhada. Exprime a participação comum em Jesus Cristo, no Seu Evangelho, na Sua fé, transmitidos pelos Doze. Aqui o Espírito Santo manifesta a sua acção como autêntico agente dessa comunhão que converte em católica a Igreja universal, ao integrar a diversidade e pluralidade de elementos, como tema essencial.
A comunhão é a participação na realidade da salvação na qual Deus nos introduz pelo baptismo e é também uma exigência, feita por Deus de actuação intramundana.
Perante estes dados, “a Comunhão trinitária é fonte de inspiração para práticas sociais. Especialmente os cristãos comprometidos com mudanças estruturais da sociedade a partir das grandes maiorias pobres encontram na Tri-unidade a sua utopia eterna.[…] Por isso uma sociedade que se deixa inspirar pela comunhão trinitária não pode tolerar as classes, as dominações a partir de um poder (económico, sexual ou ideológico) que submete e marginaliza os demais diferentes”(Leonardo Boff). As comunidades primitivas, fiéis à sua missão, anunciam o Deus criador que quer a plena realização da criatura humana, e esta só se pode realizar na sociedade do amor, não pode deixar de haver relação entre a história eterna da comunhão trinitária e o processo histórico de construção da família humana. Esta comunhão fraterna tem como base a fé, em referência à doutrina dos Apóstolos: expressa-se no culto, mediante a fracção do pão e as orações e toma a sua realização concreta através da partilha dos bens materiais”(Bruno Forte).
A comunhão em Cristo é activa, é dinâmica, operacional, não se ficando apenas na contemplação, mas concretiza-se em obras. A comunhão em Cristo é fonte de comunhão com todas as pessoas.
A Igreja, a partir da comunhão pericorética da Trindade, “mistério solar, ilumina o mistério lunar da Igreja, mostra-se como um mistério derivado (mysterium derivatum como falavam os Padres da Igreja) de outros mistérios mais fundamentais, principalmente, daquele do amor e da comunhão entre os divinos Três. Como há a koinónia trinitária, assim há a koinónia eclesial”(Leonardo Boff).
É precisamente desta realidade, a eclesial, de que nos vamos ocupar no próximo post.

A Igreja é Comunhão II

Nova Visão de Igreja
Torna-se necessária uma nova visão da Igreja e da sua missão, pois “durante muito séculos a certeza foi garantida pelo conceito de Deus. Deus omnisciente, omnipresente e omnipotente, não só criara o mundo como também promulgara os princípios de acção a respeito dos quais não havia dúvidas. A Igreja ‘interpretava’ detalhadamente esses princípios, e o indivíduo, que garantia seu lugar na Igreja atendo-se às suas regras, estava certo de que, independentemente do que acontecesse, ele estava no caminho da salvação e da vida eterna no céu”(Erich Fromm). Hoje em toda a sociedade, e não só na Igreja institucional, “a própria identidade social está em questão. Pois cada indivíduo não se pode mais apoiar sobre um fundamento social comummente admitido por todos, a questão que se põe é sobre que fundamentar a existência. Há alguma coisa que precede o indivíduo? E se nada o precede, como é que o sujeito se pode tornar ele mesmo?”(Yves Petiton). A liberdade está subjacente a esta mudança, sendo aquela um dos valores que o homem dos nossos dias defende com todo o afinco. Mas enquanto que para a Igreja, a comunidade precede o indivíduo e cada um não se pode determinar a não ser em referência ao que o precede. Isto explica, em parte, a crise eclesial sem precedentes que vivemos. Em consequência, devemos compreender esta crise como a elaboração de novos modelos. Depois poderemos verificar se a comunhão, como tal, está em crise ou é a forma de a realizar que não responde às questões do nosso tempo.
Os cristãos admitem que a “communio não se realiza ‘a partir de baixo’; ela é graça e dom, participação comum na única verdade, na única vida e no único amor de que Deus nos fez participantes por meio de Jesus Cristo, através da mediação da Palavra e do sacramento, no Espírito Santo”(Walter Kasper).

A Igreja é Comunhão I

A inovação do Vaticano II de maior transcendência para a eclesiologia e para a vida da Igreja foi o ter centrado a teologia do mistério da Igreja sobre a noção de comunhão (A. Antón).

No mais íntimo do homem, a comunhão aparece como algo de desejável; é um valor digno de ser querido. Mas é uma realidade que todos “nascemos sós, vivemos sós e morremos sós. E que, até nas horas menos infelizes, no mais fundo do nosso inconsciente, lateja, cruciante, a dor incurável dessa condenação”( Miguel Torga). A solidão transforma-se numa fobia, em algo que impede o normal exercício da vida.

Contudo, “sabemos também que a Bíblia, o livro dos livros, nos ensina que não há homem sem homem, e que o próprio Cristo teve, a caminho do Calvário, a fortuna dum Cireneu para o aliviar do peso da cruz. O que, trocado por miúdos, significa que a solidão radical de cada existência — que, nos poetas, a cegueira de Homero ilustra premonitora e paradigmaticamente —, é mitigada por uma força que, se não vence o destino, inconformadamente desde sempre o desafia […]. A graça desta comunhão humana, sem a qual a passagem pelo mundo não teria sentido. Para mim, pelo menos, feito dum barro tão frágil e vulnerável, que necessito de ser amado durante a vida e de acalentar a esperança de continuar a sê-lo depois da morte” (Idem).

Miguel Torga sintetiza deste modo peculiar o desejo e aspiração humanos à comunhão, aquela ânsia de ser membro.
Mas o sentimento de comunhão está em crise, quer socialmente, num sentido mais amplo, quer eclesialmente, num sentido mais restrito. Pois a crise de pertença eclesial e a recomposição caleidoscópica do religioso que ela arrasta inscrevem-se na evolução geral das nossas sociedades industrializadas e urbanas, caracterizadas pela mobilidade, particularmente pelas mudanças determinadas pelas orientações sócio-económicas, assim como pela atenuação do controle social e a valorização da capacidade de escolha pessoal.
Nos nossos dias há muitos indícios que revelam o mal-estar que entrou nos sectores dirigentes, nas comunidades religiosas e no clero. Há países em que algumas comunidades religiosas e mesmo o clero fazem o inventário dos seus efectivos e tomam consciência de constituir os “últimos exemplares de uma espécie em perigo de extinção”(Martin Velasco). Perspectivando o futuro, agrava-se o mal-estar de muitos cristãos que se interrogam sobre se o cristianismo, “semelhante a essas gloriosas ruínas de onde se tiram materiais para outras construções, se vai convertendo em algo que proporciona às nossas sociedades um vocabulário, um tesouro de símbolos, de sinais e de práticas que se empregam noutras partes, da forma que convém a cada um e cada grupo”(Ibidem).

Desenvolvimento Científico
O desenvolvimento científico – a meu ver, quando mal usado – é também ele um grande motor deste desajuste social, gerador de mal-estar. E se até há uns anos atrás bastava conciliar a fé com a ciência para trazer a paz às consciências, hoje já não é assim; “interessa confrontar o Deus vivo, experimentado por qualquer comunidade cristã autêntica, com uma ciência que também é vida das sociedades, e tende a constituir-se em mito”(Luís Archer). A sociedade dos nossos dias está a investir muita da sua esperança nas elaboração das novas tecnologias e a Igreja tem também algo a dizer, acima de tudo tem que se dizer a ela mesma neste contexto e transmitir a sua Mensagem, e isto nem sempre se realiza, pelo menos de uma forma frutífera. A prová-lo está “o facto de que o número dos que não comungam com ela [Igreja] seja hoje maior do que os que comungam, é a miséria da Igreja, a ferida profunda do corpo do Senhor que a deve sentir como sua própria ferida”(Josef Ratzinger).
É um dado assente que, pela primeira vez na história, “os discursos pelos quais uma civilização se pensa não são religiosos. Mas a experiência que se designa também ela como ‘religiosa’ não persiste mais, pulveriza-se somente. Multiplica-se e dispersa-se. Afasta-se das grandes instituições unificadas que eram até aqui as religiões. Ela afasta-se cada vez mais das ‘pertenças’ eclesiais. Se ela ainda se diz, é através de múltiplos discursos em formação, porque nenhuma instituição está em situação ‘sacerdotal’ de dizer a todos uma verdade total”(Michael de Certeu). A reflexão sobre a pertença eclesial, o realizar a comunhão, levanta questões que são tratadas na identidade eclesial. Nas nossas sociedades seculares, a religião católica deixou de ser um fundamento social e a Igreja perdeu a sua influência sobre as pessoas.

A Igreja é Comunhão!

Hoje, a vivência da comunhão pode assumir novos contornos; as possibilidades oferecidas pela técnica podem ajudar a uma maior clarificação do conceito de “comunhão” e a descobrir novas formas de a praticar. É um dado assente que esta revolução é universal, tal como a Igreja pretende ser – católica –, assim à Igreja cabe compreender este processo, assimilá-lo, na medida do possível, para poder situar-se na nova sociedade e realizar aí a sua missão, numa sociedade que pode caminhar para o bem e para o mal.

É com este pressuposto que eu, como crente, me proponho publicitar aqui uma série de reflexões que em tempos fiz e que têm ficado guardadas – não na gaveta –, mas no disco duro.

OER na Catequese

Este trabalho é realizado no âmbito da UC Materiais e Recursos para E-Learning.
Procurei ver uma actividade que se enquadra dentro do meu âmbito de actividade e, depois, cumprir os objectivos propostos pelo Professor.
Escolhi uma actividade para adolescentes, para lhes apresentar a relação entre a Bíblia e a doutrina cristã, recorrendo às fontes principais: Bíblia e Catecismo da Igreja Católica.

Nesta actividade, irei ter como objectivo principal que os adolescentes vejam que as informações doutrinais que circulam na Comunidade têm a sua fonte na Sagrada Escritura (Bíblia).
Procurarei também, são os objectivos secundários, que os adolescentes saibam manusear a Bíblia, que conheçam alguns sítios de referência sobre doutrina cristã onde possam prosseguir as suas buscas e encontrar respostas às questões doutrinais de forma crítica, bem como saber o que é a Bíblia e o Catecismo da Igreja Católica. Tudo isto ir-lhes-á dar azo a que comentem com as suas famílias e elas tenham também algum comentário a fazer, promovendo a catequese inter-geracional, por isso opto por fontes que os pais podem ter em papel, e muito deles têm.

O primeiro OER que escolhi foi uma apresentação em Power Point, que pode ser encontrada aqui: https://www.diocese-braga.pt/catequese/NoticiaArtigo.php?cod_seccao=3&codigo=429

Vai ser utilizada como fio condutor do encontro, projectada, onde o grupo, dividido em grupos de três (com um pc disponível para cada grupo), vai descobrindo as respostas nos outros recursos disponíveis.

Critérios para a escolha:
1º – É um formato que motiva bem os adolescentes, pois lembra um concurso de televisão
2º – É um jogo que com a sua participação torna a aprendizagem divertida
3º – A aplicação está disponível para ser corrigida e melhorada.
4º – Pode ser divulgada aos participantes, gravando-a ou enviando por e-mail.
5º – Funciona em modo off-line, o que amplia a possibilidade da sua utilização.

Adaptações:
Para utilizar esta aplicação, eu mudaria as regras, dando a indicação onde poderiam buscar ajuda, e essa seria obrigatória, para possibilitar pesquisa. A componente que serviria para avaliar o melhor desempenho seria o tempo que cada equipa demora a encontrar as respostas certas.
Em cada pergunta, acrescentaria as citações da Bíblia e do Catecismo onde está a resposta.

O segundo recurso será a Bíblia Sagrada

https://www.bibliasagrada.web.pt/

Critérios para a escolha:
1º – É uma tradução de uma Igreja não católica, o que possibilita ver a dimensão ecuménica da Bíblia
2º – Pode ser divulgada aos participantes, gravando-a ou enviando por e-mail.
3º – Funciona em modo off-line, o que amplia a possibilidade da sua utilização.
4º – Tem uma arrumação muito didáctica, para se perceber a organização dos textos bíblicos
5º – Pode ser editado num simples processador de texto (através de copy/past), o que permite posteriores trabalhos sobre o texto.

Adaptações:
Neste OER eu, após fazer o download, adaptaria o ficheiro index.htm, para o personalizar de acordo com o grupo em que ia ser utilizado.
Introduziria também um texto explicativo de como se manuseia a Sagrada Escritura (divisão e organização).

Por último, o Catecismo da Igreja Católica

Critérios para a escolha:
1º – É um recurso divulgado por um sítio muito fidedigno.
2º – Pode ser divulgada aos participantes, gravando-a ou enviando por e-mail.
3º – Funciona em modo off-line, o que amplia a possibilidade da sua utilização.
4º – Tem inscrito os parágrafos relacionados, o que permite a ampliação da compreensão do texto
5º – Pode ser editado num simples processador de texto (através de copy/past), o que permite posteriores trabalhos sobre o texto.

Adaptações:
Depois de fazer o download, acrescentaria um índice analítico e temático, para tornar mais manuseável a informação (disponível em https://catecismo-az.tripod.com/)

Após o encontro enviaria por mail para os participantes os seguintes link’s para que eles pudessem ampliar a informação e rever aquilo que eu lhes tinha dito na formação:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Catecismo_da_Igreja_Cat%C3%B3lica
https://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%ADblia
https://www.catequista.net/catecismo/
https://www.capuchinhos.org/biblia/index.php?title=P%C3%A1gina_principal

O Jejum

Uma das características do cristianismo é a importância que o evangelho dá ao comer e ao beber. Jesus aparece com frequência a participar da alegria das comidas: em Canã, em casa do fariseu, de Zaqueu, de Mateus, de Lázaro…
Multiplica os pães e os peixes. Quando descreve o Reino, fá-lo com a linguagem do banquete…
É um aspecto que chamou a atenção de muitos historiadores da religião: a visão positiva que a fé cristã tem do comer e do beber. Basta pensar que o sinal central do seu sacramento principal, a Eucaristia, é precisamente o comer e o beber.
E, no entanto, também o jejum entra nos valores e nos sinais de expressão da fé cristã. E não só dum ponto de vista ascético, mas também duma perspectiva que podemos chamar “sacramental”.
Concretamente durante a Quaresma, entre os vários gestos simbólicos que ajudam a comunidade cristã a entrar no caminho do Mistério Pascal (as cinzas, o silenciar dos Aleluias, a centralidade da Cruz…), está também o do jejum, que se converteu na sua mais expressiva característica: a Quaresma é um tempo de jejum geral para a Igreja na sua preparação para a Páscoa.
Mas que sentido tem hoje para nós o jejum? Pode ele ser ainda apresentado como um valor numa sociedade que convida insistentemente à satisfação e à comodidade?

O nosso jejum cristão e os seus valores
O facto de sermos convidados a jejuar – sobretudo no tempo da Quaresma – não tem a intenção de ser um castigo, de uma auto mortificação disciplinar ou de desprezo pelo corpo.

a) Ao jejuar queremos significar expressivamente que os valores materiais não são absolutos. A sociedade de hoje ensina-nos continuamente a absolutizar os bens agradáveis para os sentidos, e a buscá-los insistentemente. Um programa de auto-afirmação e de suficiência.
O jejum quer ser uma voz profética introduzida na nossa vida, para nos recordar que tudo isso é bom, mas relativo. E que o único absoluto é Deus. E que os valores sobrenaturais não podem ser descuidados. Que temos de estar abertos a eles: a fim de que, libertando-se do fermento do pecado, se convertam a vós de todo o coração e vivam de tal modo as realidades temporais que procurem sempre os bens eternos (Prefácio da Quaresma II).
Renunciar ao “pão” humano recorda-nos existencialmente que o “Pão” verdadeiro é Cristo e a sua Palavra Salvadora. Que a fome e a sede que costumamos ter de tantas coisas sensíveis, devem ceder em importância à fome e sede que, como cristãos, deveríamos sentir pelas transcendentes.

b) O jejum faz-nos mais livres. Privarmo-nos voluntariamente de algo que apetece aos nossos sentidos, é fazer uma opção pessoal contra a espiral consumista que a sociedade de hoje nos está a impor.
Pode ser um exercício de humildade, relativizando as coisas que apreciamos mais imediatamente, e até experimentando a debilidade e a indigência da nossa natureza mortal. É uma educação da nossa liberdade interior, o saber dizer “não”. O homem só é ele mesmo quando consegue dizer a si próprio: não. Não é a renúncia pela renúncia: senão para um maior e mais equilibrado desenvolvimento de si mesmo, para viver melhor os valores superiores, para o domínio de si próprio (João Paulo II, catequese 21 de Março de 1979).
O jejum é um sinal de que queremos ter domínio sobre nós mesmos. De que queremos amadurecer, sentir-nos orientados para as verdadeiras aberturas que devem marcar a nossa existência. Pelo jejum reprimis os vícios e elevais o espírito, infundis a fortaleza e dais a recompensa (Prefácio da Quaresma IV). De algum modo ensina-nos o vazio que há dentro de nós, para estarmos mais abertos ao próximo e a Deus.

c) É útil inclusivamente para a saúde do nosso corpo. O sentido espiritual do jejum é o mais importante. Mas também tem conotações que afectam o próprio corpo humano, e que até são apreciadas sob o ponto de vista sanitário e psicológico. Por exemplo, na cultura e sensibilidade religiosa da Índia, a qual está a influir bastante actualmente no Ocidente.
Esta e outras culturas (como entre os Muçulmanos com o seu mês do Ramadão) considerou o jejum como um meio de conseguir um maior equilíbrio interior no homem, como uma desintoxicação biológica, que também afecta notavelmente a purificação psicológica e a harmonia global da pessoa.
O desequilíbrio orgânico (o excesso de comida e de bebida, por exemplo) provoca também um desequilíbrio espiritual no homem. Enquanto que uma sã privação de excessos favorece a liberdade interior e o maior domínio sobre si próprio.
Uma oração antiga (do Sacramentário Veronense) dizia claramente que o jejum tinha sido instituído para a saúde da alma e do corpo.

d) O jejum abre-nos aos outros. Antes de mais nada, aquilo que poupamos ao jejuarmos, podemos destiná-lo a ajudar as necessidades dos outros. O jejum, no programa da Quaresma, está ligado à caridade, e assim o entendem as campanhas de ajuda ao Terceiro Mundo organizadas por alguns países neste tempo quaresmal. Jejuar “para os outros”.
Mas, para além desta concretização tão interessante, o jejum por si mesmo põe-nos numa situação mais favorável de solidariedade para com os outros. Ensina-nos a sentir em nós mesmos a debilidade dos que se vêem obrigados a jejuar por necessidade, e não só durante a Quaresma, mas durante todo o ano. Faz-nos experimentar o que pode ser a fome.
Ensina-nos a “misericórdia”. Converte-nos em mais transparentes e disponíveis para os outros, menos cheios de nós próprios.
Por isso o Prefácio da Quaresma III diz assim: Vós nos ensinais, a manifestar-vos a nossa gratidão, a dominar os excessos da nossa inclinação para o mal e a dar alimento aos que têm fome, imitando a vossa divina bondade.
O jejum, para além de tudo o que representa de relativa negação de si próprio, vai-nos educando a corrigir todo o egoísmo e auto-suficiência, e a abrir-nos mais a Deus e ao próximo.

e) Mas, acima de tudo, o jejum quaresmal é um sinal sacramental da nossa entrada na Vida da Páscoa.
No caminho quaresmal o nosso jejum tem um sentido mais profundo do que o meramente psicológico, pessoal, e de abertura fraterna. Converte-se em sacramento da nossa comunhão com Cristo Pascal.
O mistério que celebramos é de Morte e Ressurreição. Por isso a nossa sintonia com ele é também morte – renúncia, jejum e sacrifício – e ressurreição – aceitação da nova vida. Páscoa é sempre “passagem, trânsito, êxodo”: por isso supõe renúncia ao anti-evangélico que nos está sempre a ameaçar, e adesão a um programa novo de vida. E isto significa-se de muitas maneiras no nosso caminho de Páscoa (na Vigília Pascal, na celebração baptismal, com a dupla lista de renúncias e profissão de fé): uma destas maneiras, ao longo de toda esta quarentena é o jejum, que também afecta o nosso corpo, porque é todo o homem aquele que é destinado à salvação e que é urgido para entrar em Páscoa.
O jejum converte-se no sinal exterior da nossa conversão, símbolo da nossa luta contra o mal e o pecado, da nossa aceitação de incorporarmos a Cruz de Cristo e a sua Vida Pascal.
O jejum passa a ser assim não somente ascético, mas cúltico, litúrgico. Sobretudo na celebração de Sexta-Feira e de Sábado Santos – os dois primeiros dias do Tríduo Pascal – o “jejum pascal” por excelência, pelo qual entramos na própria celebração da Páscoa, submergindo-nos conscientemente no movimento dinâmico da “passagem à nova existência” com o Cristo.
O nosso jejum quaresmal aproxima a sua intenção e a sua linguagem às “quarentenas de jejum” que vimos descritas na Bíblia e que querem preparar e iniciar os grandes encontros com Deus. Aqui, o acontecimento sempre novo que quer transformar a nossa existência é a celebração da Páscoa, na qual Deus quer intervir na nossa vida, incorporando-nos à nova existência de Cristo Ressuscitado.
Não é um jejum de tristeza. O Esposo continua a estar connosco. Mas nós jejuamos precisamente como uma maneira de exprimir o nosso seguimento a Cristo também na sua Cruz.

Encontro de Catequistas das Dioceses do Centro

Este é o texto que servio de apoio à minha apesentação

O que é a catequese
A catequese é uma acção ecclesial, é a Igreja no seu todo que faz a catequese, cumprindo a sua missão de ser continuadora da missão de Jesus Cristo: levar a Boa Nova a todos os povos. A Igreja, animada pelo Espírito Santo, conserva no seu coração, anuncia, celebra, vive e transmite o Evangelho através da catequese (Cf DV 8).
A comunidade eclesial é a origem porque o catequista não actua em nome próprio, mas em nome da comunidade cristã e, por isso, em nome de toda a Igreja(Cf EN 60). O catequista pode e deve dizer como São Paulo: “Transmiti-vos, em primeiro lugar, o que eu próprio recebi” (1Cr 15,3). Este anúncio não pode prescindir da família, do ambiente em que o catequizando vive. Quando falamos em família – como principal transmissora da fé – referimo-nos à família cristã que “tem uma função primária, porque nela se pode realizar o anúncio da fé num clima de acolhimento e de amor, que, melhor do que qualquer outro, confirma a autenticidade da Palavra” (DGC 188). Contudo é preciso ter em conta que muitas famílias não são cristãs, no sentido de que são incapazes de transmitir a fé, por variadíssimas razões. Aqui, o catequizando há-de ser acolhido por uma comunidade cristã, onde encontre um clima fraterno e acolhedor, que lhe faça ver a alegria de ser cristão, capaz de lhe suscitar o desejo de seguir Jesus Cristo. O grupo de catequese, como grupo primário, é uma boa porta de entrada na família paroquial.
A comunidade é o âmbito ou lugar normal da catequese. É como o seio materno onde se gera o homem novo, por meio da Palavra e dos Sacramentos de Iniciação cristã. O testemunho da comunidade é fundamental: a catequese transmite com mais facilidade aquelas realidades e vivências que realmente existem na comunidade.
A meta da catequese é também a comunidade, pois é esta que acolhe os que são iniciados na fé. A catequese correria o risco de se esterilizar se não houvesse uma comunidade viva que acolhesse cada catequizando. Por isso, a comunidade é duplamente responsável: tem a responsabilidade de catequizar cada um dos seus membros; e também de os acolher, de modo a que possam viver o mais plenamente unidos Àquele a quem aderiram (Cf CT 24). Por último, é a catequese que renova a comunidade, pois através da Iniciação cristã a Igreja gera filhos no Filho e conduz à maturidade da fé tanto das comunidades como de cada fiel (Cf DGC 21).
Depois do acima dito torna-se claro que a catequese, se quer cumprir os seus objectivos, tem de introduzir o catequizando na vida da comunidade, fazendo dela a sua comunidade de referência.

Finalidade da catequese
O objectivo da catequese é levar cada catequizando não só a um contacto, mas a uma comunhão e intimidade com Jesus Cristo(Cf CT 5). Pela sua própria natureza, “a comunhão com Jesus Cristo impulsiona o discípulo a unir-se a tudo aquilo a que o mesmo Jesus Cristo se sentiu profundamente unido: a Deus seu Pai, que o enviara ao mundo; ao Espírito Santo, que lhe dava força para a missão; à Igreja, Seu corpo, pela qual Se entregou; e a toda a humanidade, Seus irmãos e irmãs, de cuja sorte quis partilhar” (DGC 81).
A comunidade, família de famílias, tem um lugar de destaque, pois são precisas comunidades que mostrem a fé em que acreditam e acolham aqueles que querem aderir a Cristo. A vida litúrgica e de comunhão, o testemunho alegre e o acolhimento caloroso, são expressões de comunidades missionárias que convocam à fé e geram espaços de acolhimento para aqueles que querem aderir ao Reino de Deus.

Tarefas da Catequese
Para que a pessoa se realize precisa de encontrar um horizonte de sentido. Trata-se de descobrir a dimensão mais profunda da pessoa, aí onde se descobre como que uma abertura ao infinito. Dizer que a pessoa sai de si, é dizer que a pessoa é um ser de relações: ser que se questiona; que reflecte; e que procura a sua origem e o seu fim, para se realizar como pessoa. Nós, crentes, sabemos que só em Cristo se pode encontrar a realização plena.
Para conseguir este objectivo, a catequese deve seguir o modo como Jesus formava os seus discípulos, realizando estas tarefas fundamentais: conhecer as dimensões do Reino, ensinar a orar, transmitir atitudes evangélicas e iniciar à missão (Cf DGC 82-87).
A catequese é responsável por educar nas diversas dimensões da fé: a fé professada; a fé celebrada; a fé vivida; e a fé rezada, tudo inserido numa comunidade e com sentido missionário. Neste processo de educação da fé há intervenientes que têm um lugar de destaque. São eles a família e a comunidade cristã.
O conhecimento da fé: a catequese deve conduzir à apreensão de toda a verdade do desígnio salvífico de Cristo. A compreensão da Sagrada Escritura, do Credo e demais documentos da fé da Igreja expressa e realiza esta tarefa.
A educação litúrgica: a comunhão com Jesus Cristo leva à celebração da Sua presença nos sacramentos, pelo que a catequese “além de favorecer o conhecimentos do significado da liturgia e dos sacramentos, deve educar os discípulos de Jesus Cristo ‘para a oração, para a gratidão, para a penitência, para as preces confiantes, para o sentido comunitário, para a percepção justa do significado dos símbolos…’, uma vez que tudo é necessário, para que exista uma verdadeira vida litúrgica”(DGC 85).
A formação moral: A conversão a Jesus Cristo tem como consequência que o discípulo siga o caminho do Mestre. A catequese deve favorecer uma educação que propicie ao catequizando atitudes próprias do cristão, que lhe transmita a vida em Cristo, concretizada em atitudes e opções morais.
Ensinar a rezar: A comunhão com Jesus Cristo leva a que os seus discípulos assumam o carácter orante e contemplativo do Mestre, conseguindo, deste modo, que a vida cristã seja vivida em profundidade. Aprender de Jesus a sua atitude orante “é rezar com os mesmos sentimentos com os quais Ele se dirigia ao Pai: a adoração, o louvor, o agradecimento, a confiança filial, a súplica e a contemplação da Sua glória”(DGC 85).
Educar para a vida comunitária: A educação para a vida comunitária implica que o catequizando tenha condições para se ir envolvendo de uma forma progressiva na vida da comunidade, assumindo responsabilidades e comprometendo-se com esta. Para isso, a catequese deve fomentar atitudes próprias (Cf DGC 86).
A iniciação para a missão: Só se adquire a maturidade da fé quando se tem capacidade e necessidade de testemunhar essa mesma fé, nas diversas circunstâncias da vida. A catequese, ao educar para o sentido missionário, capacita os discípulos para a sua missão na sociedade, na vida profissional, cultural e social.


Primeira fase

O objectivo da catequese é a iniciação à vida cristã, aprendida, celebrada e praticada, sempre com referência a uma comunidade de fé, que celebra a presença e acção de Deus nos sacramentos, sobretudo na Eucaristia, vértice e fonte da vida cristã. Assim, a catequese insere-se num processo global de Iniciação Cristã;
Considera-se que o cristão está plenamente iniciado na vida eclesial (maturidade da vida cristã e conhecimento doutrinal), quando receber os três Sacramentos da Iniciação Cristã (Baptismo, Eucaristia e Confirmação).
A catequese da infância apresenta condições muito favoráveis à introdução das pessoas na fé cristã e na vida da Igreja. As crianças que começam a frequentar a catequese paroquial participam, muitas pela primeira vez, na vida e na acção da Igreja.
O 1º, o 2º e o 3º ano do itinerário catequético visam o despertar religioso, a iniciação à fé cristã da criança, o iniciar da sua adesão a Jesus Cristo, a sua inserção e acolhimento na comunidade e a celebração de alguns sacramentos: o Baptismo (para quem ainda não tem) e Reconciliação e a Eucaristia, para os já Baptizados.

Objectivos da primeira fase:
– Aderir a Cristo pelo conhecimento e a vivência do Mistério Cristão.
– Inserir-se gradualmente na vida litúrgica da Igreja: oração, descoberta do Baptismo, preparação para a celebração da Eucaristia e da Reconciliação
– Desenvolver atitudes de fé como resposta ao amor de Deus
– Aprender a ser cristão ou discípulo de Jesus e integração progressiva na comunidade cristã.

A primeira fase constitui a etapa da “Iniciação ao itinerário catequético”. É um tempo de acolhimento, por parte da comunidade cristã e especialmente do catequista, e de apresentação global e simples do mistério cristão em ordem à inserção na vida da Igreja.

● No primeiro ano as crianças vão descobrindo na amizade do catequista e no carinho da comunidade cristã, os sinais mais visíveis de que Jesus também gosta muito delas. Vão tomando consciência de que pertencem a uma família maior do que a sua: a Família de Deus.
Com o primeiro Catecismo – “Jesus Gosta de mim”- inicia-se a criança na experiência de se saber e sentir amada por Jesus. Espera-se que a esta descoberta a criança responda, como que naturalmente, com simpatia, alegria e gratidão. Aqui, já será capaz de viver com Jesus uma amizade feliz.
No centro da catequese do 1º Ano está Jesus, como Amigo, Jesus com a Sua Mãe, que também é nossa Mãe, Jesus que nos faz confidência das palavras de Deus e nos ensina a rezar ou a conversar com Ele, tratando-O filialmente como Pai. As crianças irão conhecer amigos de Jesus, os seus discípulos. Será revelado às crianças o rosto de Jesus tão Amigo. Irão ter consciência que ao serem baptizados, são introduzidos na família de Deus.

1º Ano: “Jesus gosta de mim” (objectivos)
– Fazer a experiência de um bom acolhimento eclesial, proporcionado pelos catequistas e por toda a comunidade cristã.
-Ajudá-las a conhecer, de modo vivencial e de acordo com as suas capacidades, alguns dos principais mistérios da fé cristã: Deus, Criador e Amigo que cuida de nós: Jesus, na sua relação única com o Pai e o Espírito Santo; a Igreja, família de Deus.
-Motivá-las para a adesão a Jesus e a celebração da fé na comunidade cristã, levando-as a participar na sua vida litúrgica e experiência de oração.
-Ajudá-las a assumir atitudes de louvor, de gratidão e de amor a Deus e aos irmãos.

● Durante o primeiro ano as crianças foram sendo iniciadas na vida dos cristãos, isto é, dos membros da “família de Deus”, da comunidade eclesial. Durante o segundo ano irão alargar e aprofundar o conhecimento de Jesus e a relação com Ele. À certeza da presença amiga de Jesus seguir-se-á, como que naturalmente e por consequência, a proposta pessoal: estar com Jesus.
O centro da catequese deste ano é, de novo, Jesus. Na Sua vida e nas suas obras, é Jesus que se manifesta como verdadeiro homem e verdadeiro Deus, isto é, como o Filho de Deus feito homem e, por isso, o Emanuel ou “Deus connosco”.
As crianças serão levadas a redescobrir e a celebrar, em comunidade, que Jesus Cristo, está vivo e vive connosco, o Espírito Santo, na acção de fazer de nós Filhos de Deus, irmãos em Cristo, e membros da Igreja, principalmente pelo Baptismo.

2º Ano: “Ensina-nos a rezar” (objectivos)
– Proporcionar às crianças, um maior conhecimento de Jesus, como Filho de Deus, em ordem a um encontro mais pessoal e íntimo com Ele.
– Levá-las a descobrir que o Pai de Jesus é também nosso Pai e que, por isso, em união com Jesus somos todos irmãos.
– Aprofundar a sua adesão a Jesus e a sua experiência de fé na comunidade cristã a que pertence, continuando a integrá-las na vida litúrgica e de oração.
– Ajudá-las a assumir atitudes de escuta, obediência, respeito, verdade e amor a Deus e aos irmãos.

● No terceiro ano, a primeira apresentação de Jesus vai ser alargada, através da escuta mais frequente e abundante da Palavra de Deus, na Sagrada Escritura do Antigo e do Novo Testamento. Irá ser aprofundada a resposta a Ele, dada através do desenvolvimento do gosto e da alegria em O seguir, em estar com Ele, isto é, em ser discípulo de Jesus e viver a Sua Vida, participando activamente, segundo a sua capacidade, na vida da Igreja.
As crianças atingirão três objectivos essenciais: ser discípulo de Jesus na Igreja, celebrar a presença salvadora de Jesus nos sacramentos e comprometer-se a dar testemunho de Cristo e a construir o Reino de Deus, tornando o mundo melhor segundo o Seu projecto de salvação de todos. Terão consciência que ser discípulo de Jesus é seguir Jesus na Igreja, a comunidade dos discípulos de Jesus, os baptizados. Ser discípulo de Jesus é reconhcê-lO na vida e nas acções da Igreja e celebrar a sua presença no meio de nós, através da participação activa, consciente e frutuosa dos Sacramentos da Sua graça. As crianças irão redescobrir o sentido e a força dos sacramentos da Iniciação Cristã, isto é, do Baptismo, da Confirmação e da Eucaristia; irão também continuar a aprofundar os sacramentos da «vida quotidiana», ou sejam, o da Eucaristia, como Comunhão, e o da Penitência ou do Perdão; e, a pouco e pouco, tomarão o primeiro contacto com os restantes sacramentos.

3º Ano: “Queremos seguir-Te” (objectivos)
– Experimentar e descobrir que o seguimento de Jesus implica ser Cristão em Igreja.
– Aprofundar o mistério cristão já iniciado na fase anterior.
– Descobrir e viver os sacramentos como sinais da presença do Ressuscitado no meio de nós.

A aplicação está aqui.