Canto.
mas o meu canto é triste.
Não sou capaz de nenhum outro, agora.
Em cada verso chora
Uma ilusão,
Tolhida na amplidão
Que lhe sonhei…
Felizmente que sei
Cantar sem pressa.
Que sei recomeçar…
Que sei que há uma promessa no acto de cantar…
Miguel Torga, Diário, 22-06-1977.