Perante este fenómeno dos novos movimentos eclesiais e das novas comunidades, e da sua fecunda proliferação pela Igreja universal, podemos afirmar, com João Paulo II, que só é admissível aquela pluralidade que constitui «um hino à unidade».
Este princípio de unidade, que se deve sempre salvaguardar, e que deriva da comunhão na mesma fé, esperança e caridade, obedientes a Cristo e aos Pastores da Igreja; ou seja, pela comunhão no ser e no fazer da Igreja. Está é, indubitavelmente, a melhor chave de classificação dos movimentos, de entre as muitas que se poderia optar.
Objectivos e metodologia
Podemos desde já dizer que todos os movimentos coincidem nos objectivos gerais, que são a vivência experiencial da fé, a vivência em comunidade e o carisma dos seus fundadores. Isto tem como consequência que todos se esforcem por viver a perfeição da caridade, por construir a Igreja no tempo presente, edificando um mundo novo.
Depois, cada movimento, tem a sua peculiaridade, a sua forma específica de realizar estes objectivos. O que distingue um movimento do outro é a forma como cada um realiza os objectivos gerais, como os consegue concretizar.
No que diz respeito ao método, temos de ver que a essência do cristianismo é o acontecimento Cristo e a Sua Igreja: Cristo é o acontecimento original e a Igreja é a sua continuação no espaço e no tempo. O que os novos movimentos pretendem com os seus métodos é possibilitar o encontro com esse Acontecimento.
Se fosse preciso catalogar a metodologia seria catalogada como metodologia do encontro com Cristo, onde tudo o mais perde importância e é relativizado, procurando cada um viver o cristianismo na sua primeiríssima novidade.
Os principais passos desta metodologia são:
– encontro com o Senhor;
– deixar-se olhar pelo Senhor, e reconhecê-lo como Deus e Senhor;
– seguir a Cristo em radicalidade;
– num esforço missionário.
Se repararmos foi esta a metodologia que Cristo utilizou com os seus discípulos.