Estes novos movimentos revestem-se de umas características que, não sendo exclusivamente suas, mas pertencentes à riqueza da Igreja em geral, neles revestem-se de uma peculiaridade especial.
Estes movimentos são:
– Laicais, não só por estar integrados na sua maioria por leigos, mas sobretudo pela sua origem, espiritualidade e missão seculares;
– Comunitários pois, no seio da Igreja comunhão, estes movimentos constituem um forte convite à experiência de comunidade, expressão da comunhão que a Igreja é. Os novos movimentos querem oferecer aos seus contemporâneos o ambiente terno da casa do Pai;
– Primazia da experiência uma vez que a essência da comunhão com Deus é a experiência do encontro com o Senhor, geradora de uma gratificante conversão, que leva a uma relação com o Senhor e com os irmãos, da qual nascem correntes de água viva que revitalizam existencialmente a quem partilhada mesma experiência, convertendo-se, por sua vez, num oásis para a sociedade e para a Igreja. O cristianismo é, para os novos movimentos, muito mais que uma doutrina ou uma moral. O agir cristão é uma consequência da fé, não a sua essência;
– Missionários. Estes movimentos levam bem inserida na sua identidade a missão, pois como carismas são dom para os demais. Como comunidade, manifestada na comunhão de fé e de vida, existem para a missão que Cristo confiou à Igreja. Todos são responsáveis pela missão, de acordo com a sua vocação e carisma;
– Universais não só por estar em muitos países, terem muitos membros, mas sobretudo porque participam da catolicidade da Igreja;
– Ecuménicos, procurando a unidade, porque praticam um ecumenismo em sentido amplo, na sua predisposição de derrubar todo o que sejam barreiras entre países, raças ou culturas. Favorecem a vertente espiritual do movimento da unidade, sobretudo na oração inter-confessional e no ecumenismo de vida, convivendo com todos e trabalhando em acções a favor do homem e da sociedade. A oração e a vida, quando unidas, geram tal força de comunhão e de amor entre os que a partilham que ajudam e possibilita um certo degelo dogmático e doutrinal.
Para além destas características, podemos ainda sublinhar o facto de serem
mais carismáticas que organizacionais, primarem a gratuidade em detrimento da
eficácia e de manterem uma relação filial com o Papa.