Elogio da política

Vêm aí as autárquicas. Pela proximidade efectiva com as populações, são, entre todos os actos eleitorais, aquele que gera mais amores e desamores, proximidades e divisões. Desta vez, os habituais ingredientes são condimentados pela novidade da reforma administrativa e consequente mexida com os bairrismos e autonomismos. Por tudo isto, vale a pena uma reflexão, ainda que incipiente. O Ocidente adoptou a noção aristotélica da política como interesse pelo social, como compromisso para com a comum cidade dos homens. E isso diz muito aos cristãos, «mandatados» para a edificação de uma “nova terra e novos céus” e corresponsabilizados perante o seu “próximo”. Nunca o “dar a Deus o que é de Deus” excluiu o “dar a César o que é de César”. O que fez, foi evitar confusões entre estes dois âmbitos, como acontecia no passado e alguns ainda teimam em recuperar no presente.
Mas há muitas formas de fazer política e de se comprometer com ela. Desde as associações cívicas às ONG’s. Sem ignorar, porém, que a forma privilegiada é a via partidária. No actual momento histórico, de facto, os partidos constituem os instrumentos mais habituais para o exercício da «caridade política», entendida como preocupação afincada pelo bem comum. Se são, assim, tão importantes, convém não esquecer algumas implicações. Vejamos. 12 Em primeiríssimo lugar, uma mente crente só pode aderir a partidos que defendam acerrimamente a chamada «constelação de valores» ou «quadrilátero social» de que falava João XXII, antítese de todas as ditaduras: verdade, liberdade, justiça e amor/caridade. O recente Magistério da Igreja ajuntou-lhe mais dois, de absoluta urgência: a defesa da vida humana em todas as fases da sua existência e a protecção da família heterossexual. Depois, há que dar-se conta de que nenhum partido corresponde integralmente às exigências da fé. Por isso, a mesma fé pode conduzir a distintas escolhas. A adesão aos partidos deve ser à base de pressupostos críticos –confrontar o seu programa com o Evangelho- e não por motivos ideológicos.


A noção de «bem comum», objectivo último da política, deve incluir não apenas as coisas materiais, mas também a abertura e orientação para as realidades do espírito, nas quais se insere a dimensão meta-temporal. Finalmente, porque ainda não chegamos àquele estádio em que a opção por famílias partidárias não separe as pessoas nem gere animosidades, o clero e os religiosos são chamados a abster-se, directa e indirectamente, de militar em partidos e de os favorecer ou obstaculizar. Mas devem cumprir, religiosamente, a obrigação de anunciar os princípios e propor os critérios da Doutrina Social da Igreja.
A Conferência Episcopal da América Latina, quando reuniu em Puebla, definiu a política como “uma forma de dar culto ao Deus vivo”. Tal a consideração por esta actividade humana. Então, dignifiquemo-la!

D. Manuel Linda

A alegria de ser catequista

Chamado a ser um educador da fé, o catequista deve ser, antes de mais, uma pessoa de verdadeira fé, virtude pela qual acreditamos em Deus e em tudo o que Ele disse e revelou. Sendo a sua missão a de anunciar e transmitir a Mensagem de Deus, a fé do catequista alimenta-se quotidianamente com a meditação do Evangelho, bem como com a prática da caridade. O catequista é alguém consciente de que «a fé é garantia das coisas que se esperam e certeza daquelas que não se veem» (Hb 11, 1-2) e, por isso, fundamenta-se na Palavra de Deus, que é uma Pessoa. O catequista possui, então, certezas simples e sólidas que o hão de ajudar na prática do seu ministério apostólico. Com efeito, enquanto evangelizador e apóstolo de Jesus Cristo, o catequista deve apresentar-se aos outros como a «imagem de pessoas amadurecidas na fé, capazes de se encontrarem para além de tensões que se verifiquem, graças à procura comum, sincera e desinteressada da verdade» (EN 77). Só sendo detentor de uma verdadeira fé, o catequista poderá realizar a sua missão de transmiti-la, com tranquilidade.


Não obstante, o catequista, enquanto educador da fé, não guarda a fé para si mesmo; pelo contrário, ele é alguém chamado por Deus a anunciar, a transmitir e a dar testemunho dessa mesma fé, nas mais diversas circunstâncias da sua vida. Na verdade, o anúncio da Mensagem de Deus é feito, antes de mais, pelo testemunho daquele que vive a fé: A Igreja tem bem presente que «o testemunho de uma vida autenticamente cristã, entregue nas mãos de Deus, numa comunhão que nada deverá interromper, e dedicada ao próximo […] é o primeiro meio de evangelização. “O homem contemporâneo escuta com melhor boa vontade as testemunhas do que os mestres […] ou então se escuta os mestres é porque eles são testemunhas”» (EN 41). No exercício do seu ministério apostólico, o catequista dá testemunho, por meio das palavras e ações, da sua própria experiência cristã.
Num ambiente onde as pessoas tendem a afastar-se de Deus, é cada vez mais necessário catequistas com convicções profundas que, em diálogo com o mundo, anunciem com alegria a graça que receberam ao se sentirem associados à missão de Jesus Cristo: a de dar a conhecer a Boa Nova, testemunhando-a no seu dia a dia. Os catequistas anunciam uma mensagem que, pelo seu significado, dá origem a um novo estilo de vida. Quanto mais o catequista se mostre alegre no anúncio da Palavra, tanto mais credível será a mensagem para os que a escutam.


Com efeito, é precisamente a alegria do catequista, no anúncio da Palavra e do Evangelho, a demonstração mais evidente de que a Boa Nova, que anuncia, encheu o seu coração. O catequista tem consciência que Deus está com ele; e é, pois, esta comunhão que se estabelece entre os dois que leva cada catequista a sentir necessidade, como profeta, de anunciar a Verdade que o anima. Esta consciência de participar do amor de Deus leva-o a ser sal e luz do mundo, anunciando a Boa Nova com alegria, dando-lhe força e determinação para continuar a sua missão, apesar das dificuldades que, muitas vezes, surgem no seu caminho.

Colocando poesia na Rede

Uma estupenda oportunidade
para a comunidade de poetas aficionados
disponibilizar poemas na rede
sentir que são celebridade
Nada mais pensa,
nossos pensamentos são lidos
por pessoas a quilômetros de distância
as quais nunca veremos
das quais nunca saberemos
Velhos e experientes
Jovens e entusiasmados
Gente de todo o mundo
de muitos contextos, de vários aspectos
compartilharão sua palavra
Podemos ter rápida retroalimentação
que não teríamos se estivéssemos sozinhos
Quando escrevemos, não sabemos
como responder à pergunta
“É um poema?”, Sim ou não!
Mas quando os divulgamos, se são escolhidos,
estamos certos de que muita gente especializada
irá lê-los e preferi-los,
esse pensamento entusiasma o curacao
Não temos que escrever uma e mais outra vez
para enviar esses poemas
às pessoas próximas e queridas
mas simplesmente dizer-lhes
que procurem na Rede
Podemos aprender a linguagem, o estilo,
o ritmo e os esquemas de ideias
de outros versos
para ativar nossos sentidos.
Uma estupenda oportunidade
para a comunidade de poetas aficionados
colocar poemas na rede
sentir que são celebridade.

Prasanthi Uppalapati

Desafios à catequese de todos os tempos

A catequese é um momento essencial no processo evangelizador da Igreja, ao serviço da iniciação cristã. Uma vez que é à catequese que se atribui, cada vez mais, a responsabilidade de despertar a fé no catequizando, torna-se importante rever a nossa forma de perceber a catequese. O Directório Geral de Catequese de 1997 propõe-nos algumas implicações práticas


– Uma catequese que seja, antes de mais, uma formação orgânica e sistemática na fé, uma vez que esta proporciona uma aprendizagem de toda a vida cristã sem se reduzir ao ocasional ou ao ensino: «Trata-se de educar no conhecimento e na vida de fé» (DGC 67). Não basta transmitir conteúdos, explicar a fé e falar de Cristo. É indispensável que a catequese faça “ver Jesus” (NMI 16), atualizando o convite do Evangelho: “Vinde e vede” (Jo 1,39). O seu objetivo é, de facto, educar o catequizando no conhecimento e na vida da fé, de modo a que este se sinta tocado pela Palavra de Deus. Deste modo, a catequese ajuda o catequizando, enquanto discípulo de Cristo, a assumir os seus compromissos baptismais e a professar a fé «a partir de uma adesão global, por uma sincera conversão do coração» (CT 20). A catequese é, pois, uma formação centrada naquilo que constitui o núcleo da experiência cristã, «nas certezas mais profundas da fé e nos valores evangélicos mais fundamentais» (DGC 67).
– Um itinerário de conversão de si mesmo ao Deus vivo. Tendo a catequese a finalidade de promover a comunhão do catequizando com Jesus Cristo, esta deve, por isso, mostrar claramente a identidade cristã em confronto com a cultura atual, caracterizando o perfil do discípulo de Cristo, um estilo de vida distinto, que segue um projeto diferente do mundo e se torna, pela sua forma de viver, construtor de um mundo novo.
– Um itinerário com fases que correspondam a níveis de crescimento, celebradas com ritos próprios. É necessário que a passagem das fases corresponda à aquisição de capacidades e competências, à aprendizagem de gestos e à assimilação de conhecimentos.
– Uma relação mais forte da catequese com a liturgia. De facto, a liturgia é a fonte e o cume de toda a vida cristã (cf. LG 11), onde os catequizandos experimentam o que ouvem na catequese e descobrem os sinais visíveis da presença e ação de Deus. Por isso, a catequese deve promover no catequizando um conhecimento dos significados litúrgicos e sacramentais, os sinais e a dimensão comunitária da celebração. A catequese deve, sobretudo, levar o catequizando a viver na celebração litúrgica e na oração o que aprende sobre a vida cristã.
– Uma ligação mais forte da catequese à comunidade cristã, sua origem, ambiente e meta. A comunidade cristã é chamada a acolher e a acompanhar o itinerário de crescimento na fé.
– Uma catequese que não fique no conhecimento da fé e na celebração da liturgia mas eduque no amor a Deus e aos outros e conduza ao compromisso de ser fermento do Reino de Deus no mundo.


A pedagogia divina, modelo da pedagogia da fé

Num contexto de nova evangelização, ou de proposta continuamente renovada da comunhão com Deus, urge recolocar Deus no centro das perguntas do nosso existir e deixar que seja Ele a resposta, e não dar respostas d’Ele. É próprio Concílio Vaticano II alerta os crentes que «[os cristão] pela negligência da sua fé, ou pelas deficiências da sua vida religiosa, moral e social, esconderam, mais do que revelaram, o autêntico rosto de Deus» (GS 19). Assim, num mundo plural e em permanente mudança, urge a necessidade de uma nova refontalização da pedagogia da fé, ou seja, uma pedagogia que eduque de forma personalizada e que respeite e preserve a originalidade e individualidade de cada pessoa, bem como as suas dúvidas e as suas aspirações.
 A pedagogia da fé, ao inspirara-se na pedagogia divina, é como que uma arte de fazer suscitar, despertar, descobrir e fazer crescer a fé (DGC 143), a catequese tem de encontrar uma pedagogia que seja capaz de comunicar a Palavra de Deus, tendo em atenção os diferentes destinatários a quem se dirige. Deste modo, a catequese deve utilizar uma pedagogia que esteja ao serviço da fé, ou seja, uma pedagogia personalizada, dinâmica e ativa, que comunique, a Revelação de Deus, numa atitude de busca contínua, para que os catequizandos possam encontrar e aderir a Deus, assumindo um estilo de vida cristão.
Ao longo de toda a História da Salvação, no Antigo Testamento e principalmente nos Evangelhos, Deus serviu-se de uma pedagogia, através da qual se ia dando a conhecer. Com efeito, Deus procurou falar à humanidade, como amigos, revelando o Seu amor gratuito e incondicional. Deus apresenta-se como nosso Pai, aceita cada um de nós tal como somos e respeita, com benevolência, o nosso ritmo de crescimento na fé. Deus é um verdadeiro Mestre, um Educador que educa a partir de situações reais, e extraindo delas lições de sabedoria.

A revelação que Deus foi fazendo de Si mesmo à humanidade atinge a sua plenitude em Jesus Cristo, Seu Filho, que continuou a “Pedagogia de Deus” com a perfeição e a eficácia próprias da novidade da Sua pessoa (DGC 140). Tal como Deus, o ensino e a vida de Jesus são pautados pelo amor dedicado, sincero e gratuito. A vida e a mensagem de Jesus são um desafio constante à conversão, à vivência do mandamento novo da caridade! É um convite permanente a uma nova forma de pensar, de amar, de agir e de viver — é um novo estilo de vida —, procurando suscitar em cada pessoa uma resposta livre, para que este adira livremente ao Evangelho. A pedagogia de Jesus convida cada pessoa a uma forma de viver marcada pela fé em Deus, pela esperança do Reino e pela caridade para com o próximo (DGC 140). No anúncio da Boa Nova, Jesus procura seguir uma pedagogia pautada pela atenção e pelo respeito às pessoas; pela escuta e pelo diálogo, aproximando-se das pessoas, dando o primeiro passo e oferecendo-lhes a sua amizade; pela confiança nas pessoas e pela gratidão, procurando sempre desviar a atenção e o entusiasmo das pessoas para com a sua pessoa. Jesus não procura centrar as atenções em Si, mas no Reino e em Deus Pai! Jesus procura anunciar os mistérios de Deus partindo sempre das experiências reais das pessoas e utilizando uma linguagem simples e significativa.
Eis aqui uma série de atitudes pedagógicas de Jesus que devem inspirar a catequese. Com efeito, «a catequese, sendo comunicação da revelação divina, inspira-se radicalmente na pedagogia de Deus […], acolhe os parâmetros constitutivos e, guiada pelo Espírito Santo, faz uma sábia síntese da mesma, favorecendo, assim, uma verdadeira experiência de fé, um encontro filial com Deus» (DGC 143). Ainda a este respeito, na sua Exortação Apostólica Catechesi Tradendae, também João Paulo II refere que «o próprio Deus serviu-se de uma pedagogia que deve continuar a ser modelo da pedagogia da fé» (CT 58).

A pedagogia catequética deve, então, ser:
– uma pedagogia que coloque os catequizandos em diálogo com Deus, numa relação interpessoal;
– uma pedagogia que respeite a progressividade da revelação divina e a dimensão misteriosa da Palavra de Deus;
– uma pedagogia que reconheça a pessoa de Jesus Cristo como centro da vida humana, razão pela qual o Evangelho deve ser proposta para e na vida das pessoas;
– uma pedagogia que valorize a vivência da fé nas comunidades cristãs;
– uma pedagogia de sinais, para que Palavra de Deus se transmita por meio de palavras e ações;
– e, por fim, mas não no fim, uma pedagogia que deixe espaço à ação do Espírito Santo, pois é dele que a catequese recebe a força e empenho para dar continuidade à revelação da ação de Deus no coração de cada pessoa.

«Graças ao dom do Espírito Santo enviado por Cristo, o discípulo cresce como o seu Mestre “em sabedoria, em estatura e em graça diante dos homens”» (DGC 142).

A oração em catequese, um convite à intimidade com Deus


Sendo a finalidade da catequese colocar o catequizando, não só em contacto, mas sobretudo, em comunhão e intimidade com Deus, a caminhada catequética deve estar imbuída de um verdadeiro clima de oração, que favoreça e realize esta intimidade. Na sua Exortação Apostólica Catechesi Tradendae, João Paulo II refere que «a catequese não consiste apenas em ensinar a doutrina, mas deve iniciar o catequizando para a vida e a vivência cristã» (CT 33). Ora, sendo a oração uma importante dimensão da vida cristã, é essencial que, em cada encontro catequético, se desperte no catequizando a necessidade de se encontrar e de conversar com Deus; de se abrir para escutá-Lo e sentir que Ele está presente e caminha ao seu lado, em todos os momentos da sua vida.  
A oração é diálogo e encontro entre Deus e cada pessoa. É um encontro pessoal. Por isso, quando na catequese se escuta a Palavra de Deus, inicia-se um momento de especial intimidade com Ele. A catequese deve, pois, tornar-se momento privilegiado de escuta da voz do Pai.
Para que este encontro íntimo e dialogante entre o catequizando e Deus aconteça, é preciso que, em cada sessão da catequese, se crie um clima de acolhimento, de silêncio, onde se escuta e se celebra a Palavra de Deus e a Sua mensagem de salvação. Somente numa atitude de escuta e de abertura à Sua Palavra é que o catequizando se escuta a si próprio e escuta o chamamento de Deus, entrando em diálogo interpessoal com Ele. No silêncio interior, a Palavra de Deus ressoa em nós e do nosso coração nasce uma resposta de amor. Quando celebramos, escutamos, interiorizamos e nos convertemos à Sua Palavra, estamos a fazer oração, ou seja, estamos a entrar em comunhão com Deus. A catequese deve promover no catequizando este momento de intimidade com Deus e saber aproveitá-lo.



Não obstante, a oração não acontece apenas no encontro da catequese, de modo que as crianças e adolescentes devem ser iniciados à vida de oração no seu quotidiano. Na verdade, sendo a oração algo “espontâneo” que brota do íntimo de cada um, é, pois, essencial que se crie no catequizando a convicção que, em qualquer situação e lugar, pode sentir a presença de Deus e dialogar com Ele. Mas aí a família assume um papel importante. É fundamental que os pais dediquem, cada dia, um momento para estar com os seus filhos num clima de oração, interiorizando neles este encontro com Deus.

Em jeito de conclusão, verificámos que o ato catequético é chamado a ser em si mesmo um ato de oração. A catequese não prepara apenas os catequizandos para a oração; ela é já oração, despertando nelas este encontro de amor com Jesus Cristo. Se assim não for, não é catequese.

Catequizar, ato vivo de toda a Comunidade

Na sua exortação apostólica Catechesi Tradendae, João Paulo II afirma que todos os cristãos, cada um a seu modo e de acordo com a sua vocação, são responsáveis pela atividade missionária da catequese, a fim de conduzir os catequizandos a uma participação ativa na vida da Igreja. «A catequese não é uma função meramente individual, mas deve realizar-se sempre na dimensão da comunidade cristã» (MPD 13), sendo dever de toda a Igreja anunciar o evangelho a todas as pessoas e ajudá-las a crescer na fé.
Com efeito, a fé não é apenas uma doutrina, um sentimento vago e abstracto, mas um modo de viver, construído pela íntima comunhão com Cristo. O despertar da fé necessita de um terreno para que a Palavra de Deus possa produzir fruto. A comunidade cristã é chamada a desempenhar a sua missão.
De facto, enquanto pedras vivas da Igreja, é a comunidade cristã que recebe, vive e testemunha, por gestos e formas de viver, a Palavra de Deus, e é chamada a dar razões da sua fé. Assim sendo, uma vez que a comunidade cristã oferece sinais e referências concretas da Palavra de Deus anunciada na catequese, esta assume-se como um apoio indispensável na educação da fé do catequizando. Com efeito, para que a palavra transmitida na catequese seja “credível”, esta deve ver-se realizada na comunidade. Esta educa na fé quando acolhe, quando ensina e testemunha a vida cristã e quando vive o evangelho como proposta de vida diferente.


Uma comunidade unida no amor fraterno e comprometida no serviço a todos, eis aqui uma condição fundamental da credibilidade da mensagem cristã oferecida pela catequese. A ausência deste apoio da comunidade na educação da fé explica, muitas vezes, o insucesso de muitas catequeses. Em boa verdade, a religião cristã, bem como todos os princípios que lhe são subjacentes, deve ser apresentada como uma realidade visível e constatável na comunidade cristã e não como algo que “deveria ser”. Só assim a catequese poderá lançar nos catequizandos raízes profundas e formar verdadeiros discípulos de Cristo.  
No entanto, ainda que a ação catequética seja uma ação de toda a comunidade, os seus membros participam de diferentes maneiras nessa missão de educar o catequizando na fé. Aos pastores compete procurar que a catequese seja uma atividade prioritária na missão pastoral, suscitar a corresponsabilidade da comunidade pela catequese e integrar a ação catequética na missão pastoral, «cuidando especialmente da ligação entre catequese, sacramentos e liturgia» (DGC 225).
Por sua vez, a família exerce uma influência decisiva na educação humana e cristã dos filhos (cf. CT 68). É nela que os catequizandos dão os primeiros passos na caminhada da fé, onde o despertar religioso acontece e onde se estrutura e interioriza a experiência da fé. O seu contributo é insubstituível, uma vez que a fé é uma forma de vida que se comunica e não um conjunto de regras e de leis que se incutem na criança. No entanto, verifica-se, hoje, que os pais se têm vindo a afastar da responsabilidade de primeiros e principais educadores, sendo cada vez mais necessário a promoção de formas de sensibilização dos mesmos.   
Por fim, os catequistas ocupam um lugar especial na transmissão da fé, uma vez que é em nome da comunidade, que estes orientam os vários grupos da catequese. Os catequistas são o rosto e porta-voz da fé da Igreja e testemunhas da experiência de fé das comunidades.
Em síntese, a catequese é obra de toda a comunidade cristã e conduz necessariamente à comunidade cristã, uma vez que é na comunidade que se deverá iniciar e integrar plenamente cada discípulo de Cristo. A dimensão comunitária da catequese implica, pois, uma renovação da Igreja, numa perspectiva de comunhão e de participação entre todos os membros da comunidade cristã.

Catequese e Liturgia

O ensino e a celebração da fé, da Palavra de Deus, não podem viver uma sem a outra dentro da Igreja. Uma catequese que se dissocie da experiência cristã vivida em comunidade é uma catequese alienada, exterior à realidade dessa comunidade e cujos conteúdos não são mais do que simples informações religiosas. A transmissão da fé é fundamental, pelo que deve também ser vivida e celebrada nas ações litúrgicas, momento onde todos os cristãos celebram o Mistério Pascal.
 A Liturgia é, na verdade, a fonte e o cume de toda a vida cristã, onde os catequizandos experimentam e vivenciam em comunidade o que ouvem na catequese e descobrem sinais visíveis da experiência de Deus: «A catequese está intrinsecamente ligada a toda acção litúrgica e sacramental. Pois é nos sacramentos, e sobretudo na Eucaristia, que Cristo Jesus age em plenitude para a transformação dos homens» (CCE 1074).


Por sua vez, a Igreja, que transmite a fé como dom do Senhor, que está presente na Sua Igreja, especialmente nas acções litúrgicas (cf. SC 7), acredita ser importante que os cristãos participem ativa, mas também conscientemente, na liturgia, onde celebram a presença salvífica de Cristo. Por isso, à catequese, como caminho de fé e inserção na vida eclesial, compete iniciar o catequizando na liturgia, favorecendo o conhecimento dos significados litúrgicos e sacramentais, de forma a que a celebração dos ritos cristãos sejam, de facto, expressão dum caminho de fé que garanta a verdade e a autenticidade. Não se trata apenas de uma instrução sobre um determinado objecto religioso, mas uma iniciação viva e orante que deve levar à interiorização do culto litúrgico: «a vida sacramental empobrece e bem depressa e se torna um ritualismo oco, se ela não estiver fundada num conhecimento sério do que significam os sacramentos. E a catequese intelectualiza-se, se não for haurir vida numa prática sacramental» (CT 23). Agora, sendo a catequese uma aprendizagem dinâmica da fé, da vida cristã, e da celebração da eucaristia, esta não pode prescindir de momentos celebrativos e festivos fortes, porque sem expressão de fé não há comunicação nem amadurecimento da fé.
 Deste modo, a catequese deve conduzir o catequizando a uma experiência viva da presença e ação de Cristo na vida da Igreja, de modo a poder levar a um seguimento firme do Senhor e um compromisso missionário. Quando as pessoas são evangelizadas a partir da sua própria vivência cristã e, a partir daí, se sentem chamados a se identificarem a  Cristo, a liturgia e os sacramentos assumem nas suas vidas um novo valor e um sentido diferente.

O ministério da catequese. Um olhar sobre a paróquia


Consciente da indiferença religiosa que carateriza a sociedade atual, à Igreja impõe-se, cada vez mais, a missão apostólica de evangelizar toda a Humanidade, anunciando e transmitindo a todos a Boa Nova de Jesus Cristo e a Sua mensagem universal de salvação. A evangelização é a missão e a razão de ser da Igreja: ela recebeu de Jesus Cristo a missão de anunciar o Evangelho a todos os homens e fazer deles discípulos de Jesus: «Ide por todo o mundo e fazei com que os Povos se tornem meus discípulos» (Mt. 28, 19).

Num contexto cultural adverso, onde o cristianismo corre o risco de aparecer como uma voz entre tantas outras, urge encontrar caminhos novos que vão ao encontro das pessoas afastadas, iluminando-as com o evangelho. Neste sentido, a catequese assume-se como um momento prioritário na missão evangelizadora da Igreja, uma vez que educa o catequizando na fé cristã e lança as primeiras bases de adesão a Jesus Cristo, a fim de os conduzir à plenitude da vida cristã, assim como ao compromisso com o testemunho do Evangelho no mundo. Ao levar os catequizandos à descoberta, à amizade e ao seguimento de Jesus Cristo, a ação catequética é, na verdade, uma base preciosa de apoio ao processo de evangelização que a Igreja se encontra incumbida de realizar. Com efeito, e tal como afirma o Directório Geral da Catequese «a comunidade cristã não vive sem catequese, uma vez que é através dela que novos cristãos se formam» (DGC 221).
Todavia, para que a catequese seja, de facto, um momento estruturante e essencial do esforço evangelizador da Igreja, é preciso que cada cristão, enquanto discípulo de Jesus Cristo, se consciencialize da sua missão em anunciar o Evangelho e o Seu desígnio salvífico, através do testemunho da sua fé e do serviço ao Reino de Deus. Na verdade, a vivência da fé na comunidade cristã, bem como o testemunho fiel do Evangelho são condições essenciais para uma verdadeira evangelização: «Mais do que nunca, portanto, o testemunho da vida tornou-se uma condição essencial para a eficácia profunda da pregação. Sob este ângulo somos, até certo ponto, responsáveis pelo avanço do Evangelho que nós proclamamos» (EN 76). Assim sendo, só uma Igreja renovada e fortalecida na fé que professa, cujos membros estejam conscientes da sua missão profética, pode apresentar Jesus Cristo como fonte de esperança e de salvação.
Ora, neste processo de renovação da Igreja, a catequese não pode continuar a ser entendida como uma simples iniciativa baseada na boa vontade de alguns e na improvisação. Daí decorre a necessidade de pensar, de organizar e de atualizar a catequese; buscar novos rumos; animar os catequistas e criar, entre todos os membros da comunidade, uma autêntica comunhão eclesial, pois todos partilham da missão evangelizadora da Igreja. O próprio Directório Geral da Catequese aponta para a importância de uma efetiva coordenação da catequese da comunidade cristã, uma vez que esta visa «a unidade da fé, a qual sustenta todas as ações da Igreja» (DGC 272). Com efeito, a organização da catequese na paróquia não é uma dimensão meramente superficial que pertença só ao pároco e ao catequista. Pelo contrário, é importante a formação de uma equipa coordenadora que assuma a sua missão articuladora e animadora da catequese, promovendo a  união de esforços e fomentando, entre os seus membros, a participação, a cooperação, a corresponsabilidade, de forma a tornar eficaz todo o processo catequético. As pessoas convidadas a formar esta equipa têm que ter um coração grande, cheio de amor, humildade, abnegação e simplicidade, a fim de realizarem, com alegria, a missão para que foram convocados.

Equipa Paroquial de Catequese

Por outro lado, salienta-se que, a cada um dos membros integrantes desta equipa coordenadora, são atribuídas  responsabilidades distintas. Vejamos:
Pároco é o primeiro responsável, como delegado do bispo, na organização da catequese na comunidade cristã. A ele compete-lhe: suscitar na comunidade cristã o sentido da responsabilidade comum em relação à catequese, como uma tarefa que a todos envolve, bem como suscitar o reconhecimento e o apreço pelos catequistas e pela missão que desempenham; suscitar e discernir vocações para o serviço catequético e, como catequista dos catequistas, cuidar da sua formação; integrar a ação catequética no projeto evangelizador da comunidade; assegurar a relação entre a catequese da sua comunidade e os planos pastorais diocesanos, ajudando os catequistas a tornarem-se cooperadores ativos de um projeto diocesano comum, bem como cuidar da organização de fundo da catequese e da sua adequada programação, contando com a participação ativa dos próprios catequistas e estando atento, para que seja bem estruturada e bem orientada. No que respeita esta organização, refere-se que, antes do ano lectivo terminar, o pároco deve dar início às inscrições para as matrículas na catequese, para assim poder organizar os anos catequéticos com a equipa coordenadora. O pároco representa a catequese no seu todo; nada se organiza sem o seu consentimento.
O coordenador é um catequista eleito pelos catequistas e pelo pároco ou escolhido por este. Deve exercer o seu ministério com alegria e ser o elo de unidade entre os vários membros da comunidade. Tem por missão animar os catequistas; abrir novos horizontes; pelo que deve atualizar-se continuamente, estando em sintonia com as orientações diocesanas; criar um clima de acolhimento, de partilha e de confiança entre todos os membros. Deve estar atento ao cumprimento do programa, aos registos de assiduidade dos catequizandos, como também dos catequistas e a sua pontualidade. Incentiva e auxilia a realização de reuniões de pais com os catequistas.
       O coordenador caracteriza-se, assim, pelo serviço que presta como animador, pela distribuição das tarefas, pela confiança que deposita nos catequistas, pelo amor aos pais dos catequizandos, pela vivência comunitária, pela preocupação com a formação dos catequistas, pelo relacionamento humano, afectivo, carinhoso e alegre, mesmo nas dificuldades. Deve ser uma pessoa aberta capaz de acolher sugestões, aceitar com humildade as críticas, apontar sempre uma luz nas horas difíceis.
       Acima de tudo, o coordenador deve elaborar um projeto catequético participado capaz de gerar um processo de educação da fé na comunidade.
 O Secretário é proposto pelo coordenador ou eleito para executar o processo burocrático, ou seja, manter os dados da organização catequética paroquial em dia. O secretário vai atualizando o ficheiro de catequistas, dos catequizandos, dos anos de catequese, e regista informações importantes da catequese paroquial ou diocesana, comunicando aos catequistas as informações recebidas através de uma circular, quadro de avisos… Este preenche e entrega as informações que lhe forem pedidas; mantém o quadro de avisos com as informações úteis para a catequese, mensagens, aniversários e actividades conjuntas.
O tesoureiro também é proposto pelo coordenador ou eleito. A sua função é coordenar as contas e fazer os balanços. É ele que compra os materiais necessários (catecismos, guias, cartolinas…), mas deve apresentar periodicamente as contas à equipa coordenadora.

Tarefas da Equipa Paroquial de Catequese

Não obstante, ainda que, a cada um destes membros integrantes da equipa coordenadora sejam atribuídas responsabilidades diferentes na organização do processo catequético, esta tem também tarefas comuns, as quais devem ser realizadas com a plena participação de todos os seus membros, a saber:
Animação: A primeira tarefa da equipa deverá ser a de criar condições, para que todos os catequistas participem do trabalho realizado na paróquia. Animar significa “gerar vida” e entusiasmado significa “cheio de Deus”. Estas duas características são importantes numa equipa, para que esta tenha capacidade de criar condições de levar todos os membros da comunidade a participar com entusiasmo e a esforçarem-se por uma busca do melhor para a comunidade cristã;
 Comunhão fraterna: A equipa coordenadora deve fomentar a comunhão fraterna entre os catequistas, para que estes se tornem testemunhas vivas daquilo que anunciam. Assim, a equipa deve:
  – incentivar a um bom nível de relacionamento interpessoal entre o grupo de  catequistas;
– ajudar cada um a conviver com as diferenças uns dos outros;
– proporcionar espaços de partilha construtiva, numa visão de fé;
– criar um ambiente fraterno, de alegria e responsável, para que a convivência do grupo se torne um bom testemunho na comunidade cristã;
– incentivar à participação em eventos sectoriais da Arquidiocese;
– sugerir ao pároco que a comunidade custeie o estudo e formação dos catequistas;
– promover ações de formação permanente.
Antes de anunciar a Palavra de Deus e formar comunidade, o grupo de catequistas deve formar, entre eles, uma verdadeira comunidade de discípulos do Cristo, que sirva de ponto de referência para os catequizandos;
Mobilização: A equipa coordenadora deve promover a união entre todos, apesar das diferenças pessoais de cada um. Esta mobilização deve passar por todas as pessoas que formam a comunidade, através de uma boa articulação e coordenação, sempre numa linha de corresponsabilidade;
Organização: É tarefa desta equipa organizar todo o ano de catequese e ajudar os catequistas a superar as suas dificuldades, mesmo no âmbito da organização por anos.
Por fim, sendo, sem dúvida, a planificação anual do Ano Catequético uma das atividades mais importantes e trabalhosas que a equipa coordenadora realiza, deixamos, aqui, em jeito de partilha, uma possível forma de planificar o ano catequético:

Planificação anual 

Uma boa organização parte sempre da avaliação final do ano. Assim, ao terminar o ano pastoral, já se deve planificar o ano seguinte. Aliás, é importante saber-se, com antecedência, se há catequistas suficientes para o próximo ano, assim como a definição das datas, para que não haja coincidência de compromissos.
Deste modo, numa reunião do conselho da catequese, ou, na falta deste, da equipa coordenadora deve determinar-se:
– o começo e término da catequese;
– as férias intercalares;
– as festas do Itinerário Catequético ( ter presente as diferentes propostas dos catecismos);
– as celebrações que contemplem a presença de todos os catequizandos e mesmo a participação da comunidade (Natal, Páscoa, Penitenciais, Via-sacra…);
– as reuniões de catequistas;
– as reuniões com os pais (gerais e por cada ano);
– as festas e convívios (magusto, passeio, festa do Bom Pastor, festa de encerramento…);
-a catequese e a liturgia;
– a missa com a participação das crianças;
– o mês de Maria;
– a quaresma – vivência do tríduo pascal …
– outras devoções da religiosidade popular (padroeiro da Paróquia…).
No que respeita a planificação de cada ano catequético, o catequista responsável de cada ano e seus colaboradores devem planificar o seu ano catequético tendo em atenção a planificação geral da catequese. É conveniente conjugar bem o tempo, tendo presente cada bloco, e, ao mesmo tempo, o caminhar do ano litúrgico.  
Concluindo, coordenar é, pois, integrar, dinamizar e incentivar a caminhada da catequese, em harmonia com as opções diocesanas, paroquiais, e segundo as exigências de uma catequese renovada. Como condição essencial para  o correto exercício da sua missão, aqueles que integrarem esta equipa deverão ser dotados de uma grande capacidade de empenho, de entusiasmo; espírito de comunhão e participação; humildade; testemunho de vida; capacidade para trabalhar em equipa, afetividade e  espírito de fé e oração. 

O amor do Catequista

Ninguém nasce cristão, torna-se cristão! 
A vida cristã é, na verdade, um caminho contínuo de conversão à Pessoa de Jesus Cristo e, por Ele, à Trindade. Neste itinerário de conversão, o catequista assume um papel prioritário e fundamental, uma vez que é ele que acompanha os catequizandos no seu crescimento na vida da fé, a fim de os tornar discípulos de Cristo. Esta é talvez a tarefa mais importante na missão do catequista.
O catequista é alguém que, tal como Jesus Cristo, caminha lado a lado com o catequizando, amando e respeitando cada um em particular, com as suas qualidades, capacidades, e necessidades. A sua missão é, pois, a de servir e amar cada catequizando, na sua individualidade e originalidade: «A obra da evangelização pressupõe no evangelizador um amor fraterno, sempre crescente, para com aqueles a quem ele evangeliza» (EN 76). Assim, para um bom exercício da sua missão apostólica, O Senhor pede então que, tal como Ele, o catequista seja capaz de acolher cada catequizando com amor e afeição. Trata-se, não obstante, de uma afeição «muito maior do que aquela que pode ter um pedagogo, é a afeição de um pai, e mais ainda, a de uma mãe. É uma afeição assim, que o Senhor espera de cada pregador do Evangelho e de cada edificador da Igreja» (EN 76).


Na sua primeira carta aos Coríntios, o apóstolo São Paulo deixou uma importante descrição da caridade, do amor, a qual deve orientar a acção do catequista no exercício do seu ministério:

O amor é paciente,
o amor é prestável,
não é invejoso,
não é arrogante nem orgulhoso,
nada faz de inconveniente,
não procura o seu próprio interesse,
não se irrita nem guarda ressentimento.
Não se alegra com a injustiça,
mas rejubila com a verdade.
Tudo desculpa, tudo crê,tudo espera, tudo suporta. (1 Cor 13, 4-7)

Em suma, sendo missão do catequista espalhar, com gestos e palavras, a mensagem salvadora do amor a todos os catequizandos, este deve manifestar o amor de Deus por cada ser humano, amando cada um em particular. Assim sendo, o catequista deve procurar: ser paciente, respeitando o ritmo próprio de cada um; estar atento para não cair na tentação de se servir a si próprio, de olhar apenas para si e não para o catequizando; respeitar a individualidade de cada um, sem preconceitos; acolher a cada um e interpretar os seus sentimentos. Na verdade, a catequese resume-se a isto mesmo: anunciar o amor que Deus é e tem por cada ser humano. Anunciar o amor de Deus é o mesmo que viver esse amor, pois não se pode falar de Deus como algo exterior, mas tem de ser algo que faz parte da própria vida de quem anuncia, fruto da sua comunhão de vida com o Senhor. O catequista não só lê e conhece a Palavra de Deus; ele é um “seguidor” de Jesus. Quando o catequista manifesta, com suas palavras e obras, o amor de Deus, revelado em Jesus Cristo, o catequizando recordá-lo-á como uma experiência viva e real que transformou a sua vida. O catequista tem de saber escolher o amor a Deus e ao próximo como valores fundamentais da vida.