Ser Esteio!…

Passo tantas vezes por videiras
escoradas, hirtas, apoiadas confiadamente
sobre esteios de granito, de cimento
ou de madeira tosca… Felizes!

Passo tantas vezes por videiras
contorcidas, quebradas, caídas,
sem esteio… Frustradas!

Abençoado esteio
que acolhe, ampara e defende,
que partilha da luta contra os ventos
e do júbilo das vindimas abundantes;
que escuta, compassivo,
os gemidos de sofrimento,
ou, embevecido, o murmúrio grato e manso
da vide garbosa que sustenta…

Há tantas pessoas tombadas, sem apoio!
Sê esteio generoso e forte,
para um viver rectilíneo e firme,
vertical e coerente.

Sê um esteio vivo, sensível,
humano, solícito, alentador:
– para os desânimos do caminho
– para os debates das opções do dia-a-dia,
– para os vendavais da dúvida,
da angústia, do desespero, da solidão
e da frustração atroz…

Sê um esteio possante de amor,
e sentirás perenemente
a alegria compensante de ajudar
e tornar feliz tanta gente…

Mário Salgueirinho

O Nome de Deus na Bíblia

Quando Jesus nasceu, foi-lhe dado um nome. Antes disso, não se encontra na Bíblia nenhum lugar onde se dê um nome a Deus. Mesmo quando Moisés perguntou a Deus qual era o Seu Nome, Deus não lhe disse qual o Seu Nome. Mas usou de expressão em lugar do nome.
Para o Povo de Deus o nome não era apenas uma palavra externa com a qual chamamos alguém. O nome possuía um conteúdo interior. Deveria significar aquilo mesmo que a pessoa era no íntimo de seu ser. Daí a dificuldade de se chamar Deus por um nome. Quem poderia penetrar o íntimo divino?

Na Bíblia encontramos certas expressões que designavam a Pessoa Divina. Eis as mais conhecidas:
Elôhim: é o plural de “El”. O SENHOR.
ADONAI: quer dizer MEU SENHOR ou MEU DEUS.
ELYON: significa a parte mais alta de um lugar. É usada para dizer O DEUS ALTÍSSIMO.
SADDAI: palavra que significa O TODO PODEROSO.
JAVÉ: (Jaheweh) quer dizer: EU SOU AQUELE QUE SOU.
Jeová: é uma tradução errada de “Yahweh”.Os judeus tinham excesso de respeito com o nome de Deus. O segundo mandamento do Decálogo (10 mandamentos) não permitia que se pronunciasse o nome de Deus em vão. Então por medo de usar indevidamente um nome tão sagrado, os judeus passaram a escrever “Javé” somente com as quatro consoantes, sem as vogais. Então ficou YHWH. Mais tarde, colocaram as vogais da palavra Adonai e surgiu ” Yehowah” ( Jeová ) em lugar de Yaheweh ( Javé ). Quer dizer DEUS.

Mas, acima de tudo, o Catequista, é-o sempre em nome de Deus e enviado pela Comunidade…

Viver o dia-a-dia é o segredo da Paz – Bom 2006

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– Hoje tratarei de viver exclusivamente este meu dia, sem querer resolver o problema da minha vida de uma só vez.

– Hoje terei o máximo cuidado com o meu modo de tratar os outros. Delicado nas minhas maneiras, não criticarei ninguém, não pretenderei melhorar ou disciplinar ninguém senão a mim mesmo.

– Hoje me sentirei feliz com a certeza de ter sido criado para ser feliz, não só no outro mundo, mas também neste.

– Hoje me adaptarei às circunstâncias sem pretender que as circunstâncias se adaptem a todos os meus desejos.

– Hoje dedicarei dez minutos de meu tempo a uma boa leitura, lembrando-me de que assim como é preciso comer para sustentar o corpo, assim também a leitura é necessária para alimentar a vida da minha alma.

– Hoje praticarei uma boa acção sem contá-la a ninguém.

– Hoje farei uma coisa de que não gosto, e se for ofendido nos meus sentimentos procurarei que ninguém o saiba.

– Hoje farei um programa bem completo do meu dia. Talvez não o execute perfeitamente, mas em todo o caso vou fazê-lo. E guardar-me-ei bem de duas calamidades: a pressa e a indecisão.

– Hoje não terei medo de nada. Em particular, não terei medo de gozar do que é belo e não terei medo de crer na bondade.

Papa João XXIII

Persistência

«Se os escritores tivessem que esperar viver integramente o que dizem, não existiria no mundo nenhum livro, excepto a Bíblia. Apesar da distância entre a vida do escritor e o que diz, é necessário não calar-se, sobretudo quando os autores tentam viver o que escrevem; e o que escrevem pode humanizar, se não a muitos, pelo menos a alguns homens».
José António Merino

Pois é, na vida do Catequista passa-se o mesmo: por mais difícil que seja a missão, por mais longa que esteja a Meta… há sempre que tentar.

Natal 2005

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«Natal! Depois desse dia, sabemos que o Amor salvará o mundo». Raoul Follereau

Com o final de 2005, em que celebramos mais um Natal, faço votos de que este Natal seja Santo, e que 2006 aconteça sob a bênção do Deus que nos preparamos para celebrar o Seu nascimento.

Irformar, Formar e Educar

Informar é fornecer um conjunto de dados.
Formar é orientar para a eficácia.
Educar é despertar potencialidades.

A informação é dada por quem sabe.
A formação é dada por quem pratica.
A educação é dada por quem vive.

Quem informa tem mais conhecimentos.
Quem forma tem mais experiência.
Quem educa tem mais vivência

A informação exige pesquisa contínua.
A formação exige progresso contínuo.
A educação exige aprofundamento contínuo.

Pela informação alargam-se os horizontes.
Pela formação alargam-se as possibilidades.
Pela educação alargam-se as capacidades.

A pessoa informada está mais prevenida.
Pode evitar melhor os problemas.
Pode caminhar com mais segurança.

A pessoa formada está mais esclarecida.
Pode conhecer melhor as situações.
Pode encontrar mais soluções.

A pessoa educada é mais consciente.
Pode mergulhar mais na realidade.
Pode encontrar o melhor caminho.

A pessoa informada é mais prudente.
A pessoa formada é mais eficaz.
A pessoa educada é mais feliz.

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Conselhos para ser um Catequista Simpático

– Aprenda a fixar os nomes dos catequizandos. O nome de uma pessoa muito importante para ele e indica o seu interesse por ele.
– Faça para que todos se sintam bem na sua presença.
– Adquira a capacidade de manter a calma e de não se perturbar facilmente.
– Não seja egoísta. Não dê a impressão de saber tudo. Seja natural e humilde.
– Torne-se atraente e alegre.
– Modele a sua personalidade de forma a evitar toda a agressividade.
– Tente remediar qualquer mal-entendido presente ou passado.
– Exercite-se no gostar das pessoas.
– Nunca deixe de se congratular e elogiar os êxitos dos outros e de expressar a sua solidariedade nos momentos difíceis.
– Procure ser sempre uma pessoa que vive da fé, para ter algo de mais transcendente a dar aos catequizandos.

(Adaptação de N.V. Peale)

15 Conselhos para mães atarefadas

1. Ri com os teus filhos. Saboreia o encanto da sua maneira infantil de ver o mundo.

2. Estabelece a prioridade de dar (e receber) mais abraços, beijos, palmadinhas amigáveis e carícias.

3. Procura ter tempo para estar com cada membro da família. Aprender a conhecerem-se como indivíduos ajudá-los-á a apreciarem-se e apoiarem-se mutuamente.

4. Quando as exigências dos teus filhos vão desgastando a tua paciência, pede a Deus que te ajude a ter calma e conta até dez (ou até 100 se for preciso).

5. Sê solidária com os professores e os educadores dos teus filhos.

6. Distribui as tarefas domésticas de forma equitativa entre os membros da tua família. Caso contrário, corres o risco de te tomares numa mártir (limpando o que os outros sujam, tratando de tudo e de todos).

7. Reserva algum tempo para estares com o teu marido. 0 melhor presente que os pais podem dar aos filhos é uma demonstração de como amam e são amados.

8. Oferece a ti mesma um «dia de luxo» (demora o tempo que quiseres num banho de espuma, no cabeleireiro, etc.).

9. Conviver com outras mães servirá de conforto e apoio para o teu papel de mãe.

10. Não deixes que as preocupações excessivas e os pensamentos de ansiedade te roubem a alegria da maternidade (ensina os teus filhos a serem cuidadosos; depois confia que Deus os protegerá na tua ausência).

11. Ensina os teus filhos a distinguirem entre os seus desejos e as suas necessidades. Incute neles o valor da gratidão pelas muitas bênçãos recebidas pela sua família.

12. Aceita a maternidade como um privilégio e a tua família como um dom precioso. Se algum dia tudo te parecer demasiado agitado, lembra-te que as recompensas são abundantes.

13. Reserva tempo para saborear as recordações que vocês criaram como família. Vendo filmes da vida familiar, fotografias dos bebés e recordando os dias passados, estarás a alimentar o sentido da história e um sentimento de pertença na tua família.

14. Faz planos com os teus filhos. Conversa com eles acerca do seu futuro. Aprende com eles a ser optimista e idealista. Antecipa a emoção de assistir ao cumprimento dos seus melhores sonhos e esperanças.

15. Se aprecias os teus filhos como as criações maravilhosas que eles são, tudo o resto se resolverá por si mesmo. Ama os teus filhos, porque a única coisa que importa e permanecerá é o amor.

(Texto adaptado do livro «Conselhos para mães atarefadas» De Molly Wigand Carla Maria Pereira Coelho Cardoso ? Viseu (Mãe do Tomas e da Madalena) In: Jornal da Família, Ano XLV, n.º 517, Maio de 2005, 7).

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Para que acreditem…

A Agenda CATEQUISTAS publica nas últimas páginas uma grelha de leitura do documento dos Bispos portugueses sobre a catequese: Para que acreditem e tenham vida. Está um texto interessante, que passo a transcrever.

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As pistas dos nossos bispos
No recente documento que os bispos portugueses lançaram sobre a catequese encontramos algumas pistas para que a catequese que fazemos ajude a formar melhores cristãos.

Uma formação orgânica e sistemática da fé
Queremos uma catequese que eduque ao todo da vida cristã. Que não se limite a «transmitir» meia dúzia de ideias à solta. Mas que ajude os catequizandos a experimentar a riqueza total do que é ser seguidor de Jesus Cristo.
Uma catequese que inicia a verdade da fé, a rezar confiantes ao Pai, a celebrar os sacramentos com autenticidade, a agir amando e perdoando como Jesus de Nazaré.

Um caminho de conversão ao Deus vivo
Num mundo plural como este em que vivemos, ser cristão passa por assumir um estilo de vida inspirado nas propostas de Jesus Cristo. E isso implica ir contra muitas das correntes dominantes na nossa sociedade. Implica também um empenho de transformação interior.

Um caminho por etapas
O caminho para ser um cristão adulto é longo e pede etapas. Estas etapas são capacidades e competências novas que os catequizandos adquirem. E cada etapa deve ser assinalada, festivamente.

Catequese e liturgia de braço dado
A catequese inicia os catequizandos a rezar em Igreja. Através de um «faça você mesmo» os catequizandos vão descobrindo os espaços, os gestos, os comportamentos, as atitudes, os símbolos e os ritos com que os cristãos oram. E vão descobrindo a ponte que liga a vida, a fé e a oração.

Uma catequese fortemente ligada à comunidade
A comunidade sente a catequese como uma tarefa semelhante a educar/criar os seus novos filhos. Por outro lado, a catequese sente como sua tarefa ajudar os catequizandos a sentirem-se parte viva e activa da comunidade.
A comunidade é um recurso importante para a catequese. É nela que os catequizandos podem verificar como o Evangelho «funciona». As propostas de Jesus não são apenas um «sonho» antigo. São realidade palpável na comunidade como um todo e no testemunho empenhado dos irmãos e irmãs.

Uma catequese que transforma o mundo
A catequese não quer formar cristãos que se limitem a «saber» umas coisas da fé e que celebrem a liturgia. Forma cristãos empenhados em levar a esperança ao mundo.
Cristãos capazes de amar a Deus e aos irmãos. Cristãos que querem partilhar a sua esperança e o seu amor com cada pessoa com quem se cruzarem na sua escola ou nos seus tempos livres.
A catequese é uma actividade vital para toda a Igreja. Mas há responsabilidades diferentes de acordo com os diferentes ministérios. Os nossos bispos fazem uma breve descrição dos responsáveis pela catequese e das suas tarefas.

Os pastores
– Garantem porque a catequese seja realmente prioritária nas suas comunidades.
– Ser prioritário significa receber os melhores recursos (espaços, tempos, pessoas capazes);
– Apelam ao empenhamento de todos;
– Cuidam a ligação entre catequese, sacramentos e liturgia;
– Cultivam, na sua formação inicial e permanente, um saber catequético;
– Fazem uma boa escolha dos catequistas e ajudam-nos a crescer como crentes e como educadores da fé.

A família
– Com um ambiente de amor, ternura e afecto ajuda ao despertar da fé fazendo saborear o amor e a ternura de Deus pelos seus filhos e filhas;
– Assume-se como principal responsável pela educação à fé dos filhos;
– Colabora com as propostas da paróquia;
– Empenha-se em melhorar a qualidade de educação de fé que dá aos filhos;
– Participa com entusiasmo nas acções de formação propostas;
-Aproveita os desafios lançados pela catequese para se converter e dar mais qualidade à vida em família para ser verdadeira comunidade de amor.

Os catequistas
– Mais do que professores de informação religiosa, sentem-se como pessoas que experimentaram a maravilha que é sentir-se amado e transformado pela Palavra e pela Pessoa de Jesus de Nazaré,
– E testemunham essa experiência com as suas vidas, com o empenho de conversão e com os recursos pedagógicos de que dispõem;
– Ajudam e acompanham os catequizandos na descoberta da oração e celebração cristãs, do comportamento cristão e das razões na nossa esperança.

A comunidade como vida
– Numa sociedade marcada pelo isolamento e pelo individualismo a comunidade marca a diferença;
– Mostra ao catequizando o que é o serviço, a disponibilidade e o perdão;
– Oferece espaço de participação onde cada um pode desenvolver os seus dons;
– Com humildade, mostra como a Palavra de Jesus pode ser posta em prática.

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