Depois de ler Emilio Alberich, faço eco de uma sugestão: a conversão pastoral.
Diz ele que hoje sente-se a urgência de uma mudança radical em vista de uma nova orientação pastoral na acção dos fiéis cristãos. Estamos diante de uma praxis pastoral tradicional, centralizada preferencialmente sobre a sacramentalização e na prática religiosa, que não tem futuro, que não é capaz de assumir uma autêntica opção evangelizadora, nem de responder aos desafios da nova cultura.
A tão proclamada nova evangelização projecta todo o trabalho pastoral numa perspectiva missionária, para a qual não estamos preparados.
Bem lá no fundo do problema encontra-se a necessidade de um diálogo sincero entre fé e cultura, na atitude de sincera e simpática compreensão para com o mundo de hoje, sem, por outra parte, renunciar ao necessário dever do discernimento evangélico. Sobretudo, requer-se o abandono, sem saudosismos, de toda a visão eclesiocêntrica e de todo desejo de reconquista de posições perdidas. Nesta perspectiva, devem ser superadas as frequentes tentações de cair na rigidez fundamentalista ou no fechamento elitista ou sectário.
… e não é que Alberich tem razão!